Há cada vez mais assinantes com telemóveis pós-pagos

O mercado português continua a fazer uma transição dos cartões SIM pré-pagos para assinaturas mensais pós-pagas. Nunca como agora houve tantos consumidores portugueses a escolherem pacotes pós-pagos para os seus serviços de telemóvel, um fenómeno de subida que deverá manter-se no último trimestre do ano.

Esta migração deve-se ao crescimento das ofertas multiple play, nas quais o serviço móvel e o serviço fixo estão incluídos, e dos planos combinados ou híbridos com preços atrativos.

De acordo com os mais recentes dados do regulador das comunicações, Anacom, o número de assinantes pré-pagos caiu 8,1% pontos percentuais no final de setembro, quando comparado com o mesmo período do ano passado, representando agora 51,7% do total. É uma mudança relevante da composição do mercado, que em março de 2005 registou o valor mais elevado de pré-pagos, 81% do mercado.

Em termos de cartões SIM ativos, no terceiro trimestre foram registados 16,7 milhões, dos quais 12,8 milhões (76,5%) foram realmente utilizados. Quando excluídos placas/modem e cartões para comunicações M2M, a utilização efetiva caiu 1% para 11,7 milhões.

Na liderança continua a MEO, com 44,3% de quota, seguida da Vodafone com 33,5% e da NOS com  20,6%. Um dado relevante é a quebra significativa de 18,8% no volume de receitas acumuladas no final do terceiro trimestre, que se ficaram pelos 1,1 mil milhões de euros. Também se reduziu o número de mensagens escritas enviadas (SMS), com uma quebra de 10,6%, uma quebra esperada dada a popularidade de outras formas de comunicação e apps de mensagens.

Em sentido inverso, os utilizadores de banda larga móvel cresceram 17,3% em relação ao homólogo, atingindo 5,7 milhões. “O crescimento da utilização destes serviços está associado ao aumento dos utilizadores de Internet no telemóvel, nomeadamente quando integrada em ofertas em pacote, e à crescente penetração dos smartphones”, salienta a Anacom.

Pode aceder aqui ao relatório completo relativo ao terceiro trimestre de 2015.