CIOs devem adaptar modelos de gestão a novos cenários, diz estudo da Deloitte

Este é um dos resultados da sétima edição do estudo Tech Trends 2016 – Innovating in the Digital Era, elaborado pela Deloitte. Este mostra ainda que as barreiras para os novos players estão reduzidas e o mercado tem mudado as estratégias de negócios de acordo com as tecnologias emergentes.

A velocidade das mudanças nos ecossistemas globais de negócios exige que os CIOs adaptem os seus modelos de gestão a novos cenários e liderem a introdução e o uso de novas tecnologias no dia a dia das empresas. O que deve estar no radar desses profissionais nesse momento de transição?

Entre blockchain (termo em inglês para o movimento da democratização da confiança), realidade aumentada e Internet das Coisas (IoT), o relatório passa pelos mais relevantes temas que estão nas pautas dos CIOs atualmente. Além desses três tópicos, esses profissionais precisam de lidar com o impacto social das tecnologias exponenciais, cyber-risco, a reinvenção do core dos sistemas, plataformas autónomas e a importância da velocidade de TI.

Com o objetivo de traçar perspectivas e identificar como os CIOs buscam novas abordagens para crescer e inovar, o relatório, além de ouvir os próprios executivos, traz as percepções de grandes especialistas da indústria e de académicos, planos e prioridades de investimento de startups e a visão de investidores dos principais fornecedores de tecnologia, além da experiência da rede global de consultores da Deloitte.

Segundo Claudio Soutto, sócio da área de Consultoria em Tecnologia da Deloitte, os CIOs podem empregar as tendências apontadas como referências para definir as suas prioridades de investimento, transformar as suas organizações e ajudar a acelerar o crescimento dos negócios e dos mercados em que operam. “Os CIOs precisam de liderar esses projetos. É preciso encontrar novas abordagens para criar valor real para o negócio, sempre avançando a partir das realidades de hoje”, complementa Soutto.

Impactos das tendências

Com o Blockchain (a democratização da confiança), as transações digitais tornam-se o padrão da economia global. Muitas delas, porém, dependem de instituições tradicionais e são geridas e certificadas de forma ineficiente.

O Blockchain permite a distribuição da contabilidade e a elaboração de contratos inteligentes, permitindo às organizações redefinir a forma como o valor é trocado entre as partes – estimulando novas abordagens à gestão de ativos, fidelidade dos clientes, prontuários médicos eletrónicos, pagamentos internacionais e muitos outros cenários.

Já quando se trata de realidade virtual e de realidade aumentada, há novos horizontes. O futuro das soluções móveis depende, cada vez mais, dos dispositivos batizados de wearables (basicamente, tudo o que possa ser vestido), especialmente à medida que as soluções de realidade virtual e realidade aumentada tornam-se disponíveis no mercado, atrelados a esses objetos.

Essas tecnologias têm potencial também nas empresas, com recursos que podem reformular os processos de negócio ou revisar fundamentalmente as experiências dos clientes. A evolução da interação, que antes se resumia a apontar, clicar e digitar, hoje abrange novos comandos, como tocar, deslizar e falar. Com a interação intuitiva, o gesto, o humor e o olhar passam a ter um espaço importante.