Cisco comunica queda nas vendas e preocupa investidores

Os investidores da Cisco preparam-se para mais más notícias numa altura em que a fabricante de equipamentos de rede se prepara para anunciar os resultados relativos ao segundo trimestre fiscal.

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Em novembro, a Cisco advertiu para uma queda nas receitas, que acabou por atingir os dez por cento no segundo trimestre fiscal terminado no mês passado, e que não iria conseguir recuperar o crescimento durante alguns trimestres.

A empresa responsabilizou a fraca procura em mercados emergentes e por clientes de fornecedoras de serviço.

Simon Leopold, analista da Raymond James, confessa que as espectativas são bastante baixas e que a Cisco não está otimista. “Vão dizer-nos que atingiram as expectativas para os ganhos, vão dizer-nos que o ambiente está difícil e que estão a trabalhar no sentido de restaurar o crescimento”, diz o analista.

Com poucos sinais de melhoria no mercado mais alargado, Leoplod diz que qualquer esperança de uma rápida recuperação é totalmente irreal.

Em média, a Wall Street espera que a Cisco registe lucros por ação de 37 por cento em receitas de 11,027 mil milhões de dólares no seu segundo trimestre fiscal.

O analista da Cantor Fitzgerald, Brian Marshall, diz que a Cisco pode conseguir superar a situação no terceiro trimestre fiscal, mas acrescenta que as “previsões mantêm-se incertas”.

Espera-se que a procura dos mercados emergentes continue, a longo-prazo, aquém das expectativas, e diz-se que o enfraquecimento no fornecimento de serviço aparenta ser um problema específico da Cisco.

Os analistas esperam, para o terceiro trimestre fiscal, receitas de 11,34 mil milhões de dólares, o que representa um ligeiro aumento. No entanto, os resultados ficam muito atrás do esperado, comparativamente à receita de 12.2 mil milhões do ano passado.

As ações da Cisco, que fecharam a 24 dólares dia 13 de novembro, caíram quase 16 por cento para 20,24 dólares a meio de dezembro, altura em que a Cisco cortou com os seus objetivos de crescimento a longo-prazo.

As ações têm vindo a melhorar e fecharam na terça-feira no valor de 22,71 dólares. Isto deve-se, mais provavelmente, a esperanças a longo-prazo por parte dos investidores, do que a qualquer ilusão de uma rápida recuperação.