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EC3 combate cibercrime na Europa [com vídeo]

O European Cybercrime Centre, ou EC3, da Europol combate o cibercrime na Europa. “Com o aumento das nossas comunicações diárias e atividade comercial a terem espaço via Internet, a ameaça do cibercrime está a aumentar, tendo como alvo os cidadãos, negócios e governos a uma taxa que cresce rapidamente”.

Em 2012, um terço dos europeus usavam Internet em dispositivos móveis fora de casa ou do local de trabalho; aproximadamente 60 por cento da população jovem da União Europeia usa Internet “on the move”; metade dos utilizadores de Internet com idade entre os 55 e os 74 anos usam serviços online para fins de consulta bancária ou viagem; cerca de 60 por cento dos utilizadores de Internet faz compras online. Estes são alguns dados não confidenciais da Europol.

Em 2013, 2,7 mil milhões de pessoas estão online, ou seja, 40 por cento da população mundial e a penetração da Internet na Europa é de 75 por cento. Estima-se que em 2017 já exista 50 por cento da população mundial online. O facto é que estaremos sempre online… Assim como os cibercriminosos.

Quando acedemos à Internet, os criminosos seguem-nos. Há cibercrimes e crimes conexos. A usurpação ou eliminação de identidades é uma realidade e a nossa informação e dinheiro pode servir para fins criminosos e exploração sexual de menores.

A Europol EC3 combate a cibercriminalidade. Encontra-se situado na Europol, em Haia, Holanda, sendo ainda responsável pela sua gestão. Tem mandato para combater a intrusão, fraude, direitos propriedade intelectual, crimes online, ataques a infraestruturas críticas. Foi implementado a 1 de julho de 2012 e início de atividade a 11 de janeiro de 2013.

Em cada dia há mais de 1 milhão de vítimas. Estas vítimas perdem cerca de 290 mil milhões de euros anualmente, em todo o mundo. Na opinião da Europol, é mais rentável do que o comércio global de haxixe, cocaína e heroína combinados. É uma atividade de baixo risco e alto lucro e onde a União Europeia tem uma exposição elevada. “A escala da atividade dos cibercriminosos representa um desafio considerável para as autoridades dos estados membros, sendo o custo total do cibercrime à sociedade muito significativo”. Phishing, Trojans, malware e vírus são algumas das “técnicas” mais usadas para o crime cibernético.

O que o EC3 quer fazer é melhorar a capacidade forense, criando standards, ciber laborórios e analisando o malware, assim como apoiar os estados membros em operações e investigações com apoio operacional, técnico e forense.

Vítor Agostinho, inspetor da Polícia Judiciária e da Europol, considera que a questão de quais são as principais ameaças para os utilizadores comuns europeus é “excessivamente genérica”. Para os anos de 2014 a 2017, foi definido que uma das principais ameaças seria o cibercrime.

“O cibercrime abarca muitas especialidades. Phishing, hacking, pornografia infantil… É de uma maneira tão vasta que é difícil definir o perfil” do cibercriminoso. No entanto, para um determinado tipo de crime será um “jovem universitário, alguns casos até antes disso, e até 40, 50 anos, mediante, também, o tipo de criminalidade, específica em cada um dos casos”.

Vítor Agostinho acredita que os utilizadores, para proteger a sua informação, devem ter “muita parcimónia” nos elementos que partilham. “Hoje em dia, se fizermos, anonimamente, uma pesquisa no Facebook, há pessoas que nós até conseguimos saber o que eles almoçaram, a partilha é total”. Outro problema é a falta de configuração deste tipo de perfis, ou seja “se partilharmos com toda a comunidade do Facebook as nossas fotografias, somos muito conhecidos, temos muita fama mas também somo muito utilizados. Um factor muito importante tem a ver com o roubo de identidade”, sendo um dos problemas mais frequentes nas redes sociais.

 

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Rui Damião

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