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Europa terá janela inteligente com tecnologia portuguesa

Investigadores da Universidade do Minho, em Portugal, participam do desenvolvimento da Climawin, um novo tipo de janela que consegue reduzir em 20 por cento o consumo energético de residências e prédios.

A nova janela, que teve pesquisa e desenvolvimento promovido por um consórcio que engloba Irlanda, Alemanha, Dinamarca e Portugal, recebeu financiamento de 1,4 milhões de euros da União Europeia.

Diferente das janelas duplas ou triplas, em que o espaço entre as folhas de vidro é preenchido com um gás inerte, a Climawin utiliza uma nova tecnologia inteligente que redireciona o ar, permitindo a troca com o ambiente interno ao mesmo tempo que compensa a variação de temperatura interna e externa.

Alimentada por células solares embutidas na sua armação, a janela conta com aletas que variam o fluxo de ar conforme a necessidade. Se o ambiente interno está muito quente, a janela deteta a variação de temperatura e permite que o ar externo resfrie a camada interna do vidro duplo. Se estiver frio, a janela evita a perda de calor, aumentando a eficiência dos sistemas convencionais de aquecimento.

Uma das grandes inovações da Climawin é a monitorização constante da qualidade do ar do ambiente. A janela tem sensores que detetam o gás carbónico. Assim que a saturação do gás chega a um determinado nível, a janela permite a troca de ar de fora, permitindo a entrada de mais oxigénio. Mesmo sem percebermos, o excesso de gás carbónico no ar causa sonolência e pode afetar a produtividade, sem falar na saúde.

Além de novas edificações, a janela inteligente pode ser utilizada em prédios antigos restaurados. Como não demanda nenhum tipo especial de instalação elétrica, a Climawin pode ser incorporada e aumentar substancialmente a eficiência energética, ao mesmo tempo que mantém a qualidade do ar.

Para empresas, a economia de 20 por cento no gasto em energia permite que o investimento nas janelas seja rapidamente recuperado, com vantagens a longo prazo.

As janelas Climawin estarão disponíveis em toda a Europa no final de 2014, em madeira, alumínio e versão mista, com madeira encapsulada em alumínio, e serão fabricadas na Dinamarca e na Alemanha.

Jocelyn Auricchio

Atua como jornalista especializado em tecnologia há mais de 20 anos, escrevendo para as maiores empresas de mídia do Brasil, como Editora Abril e Jornal O Estado de São Paulo. Além de foco em cobertura B2B e B2C, tem especial interesse nos bits e bytes do mundo hacker. Entusiasta por tecnologia desde que conseguiu formular as primeiras frases, está em busca de um mítico notebook para jogos com grande autonomia de bateria. Acredita em café bom, chocolate amargo e comida decente.

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