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Explosão de malware preocupa setor financeiro

Com a tendencial digitalização do mundo, com a migração das atividades e organizações criminosas para a dimensão virtual,são cada vez mais os ataques cibernéticos que objetivam conquistar o acesso às contas bancárias online dos utilizadores. Como tal, observa-se um irrefutável aumento dos programas de natureza maliciosa que visam subtrair dos cidadãos da Grande Rede informações bancárias e quantias monetárias avultadas.

O relatório sobre as Ciberameaças Financeiras em 2013, conduzido pela Kaspersky Lab, revelou que, em 2013, o número de ataques por software maligno atingiu os 28,4 milhões, o que reflete um aumento de 27,8 por cento relativamente ao ano de 2012.

O malware desenhado para o furto de dados financeiros abarca Trojans, keyloggers e, mais recentes, programas que roubam Bitcoins e outros que descarregam software que gera a unidade monetária digital.

Estes últimos programas, os que alvejam as Bitcoins, foram no ano passado responsáveis pelo crescimento do número de ataques financeiros.

Outro fator de influência no referido incremento foi a descoberta de uma multiplicidade de vulnerabilidades aos quais os cibercriminosos recorrem para, então, concretizar as investidas.

Somente no ano passado, as soluções de segurança da Kaspersky escudaram quase quatro milhões de utilizadores de potenciais ataques, o que constituiu um aumento de 18,6 por cento comparativamente a 2012.

Mais de 60 por cento dos programas malignos detetados eram Trojans bancários, como o Zbot e o Carberp. No entanto, o número de ataques recorrendo a estas ferramentas diminuiu relativamente a 2012, visto que as Bitcoins passaram a ocupar um lugar de destaque na lista de alvos dos ataques por malware.

A percentagem de ataques recorrendo a keyloggers (programas que monitorizam as teclas premidas no teclado do aparelho) tem vindo a decrescer, visto ser um programa soberbamente especializado e com uma restrita área de atuação, o que levou a que os hackers preferissem os Trojans, com uma ampla gama de funcionalidades.

As atividades de crime cibernético são mais expressivas em países como a Bolívia, o Afeganistão, a Mongólia ou a Turquia, onde mais de 12 por cento dos ataques por software malicioso foram efetuados com o objetivo de obter dados bancários.

Em 2013, assistiu-se a um exponencial aumento do número de aplicações geradas para o furto de conta bancárias, ameaça esta que, segundo a investigação da Kaspersky Lab, cresceu 20 vezes mais relativamente ao anterior ano. Os grandes alvos destas investidas foram os dispositivos que integravam o sistema operativo Android da Google.

Denotou-se uma tendência em 2013, uma das mais ameaçadoras, na esfera do malware mobile: o aumento do número de programas que furtam as informações de acesso aos sistemas de banca online.

Apesar de as soluções da Kaspersky Lab terem detetado uma percentagem relativamente reduzida de ataques de malware financeiro contra os dispositivos móveis dos utilizadores, não se pode deixar de adivinhar uma aumento desta ameaça.

A Kaspersky acautela os utilizadores de Android para os riscos de segurança inerentes ao SO, tendo em conta que é uma das presas mais desejadas pelos hackers.

Apesar de serem muito poucos os programas concebidos para o furto de dados privados do iOS da Apple, a Kaspersky não deixa de apontar que foram registadas muitas falhas que poderiam ser utilizadas pelos criminosos para desenvolverem software a fim de explorarem estas vulnerabilidades.

A Kaspersky avançou que as empresas que disponibilizam serviços financeiros online podem recorrer à plataforma Kaspersky Fraud Prevention, criada para solidificar a segurança de todos os processos de transação monetária na Internet.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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