Fabricante de smartwatches Pebble despede 25% dos trabalhadores

Uma das pioneiras dos relógios inteligentes, a Pebble vai cortar 25% da sua força de trabalho, segundo anunciou o CEO através de uma entrevista publicada no Tech Insider.

A decisão afeta 40 trabalhadores da empresa, que financiou o primeiro relógio inteligente através do Kickstarter em 2012 – muito antes de Samsung, Apple e outras tecnológicas terem começado a lançar os seus smartwatches. O CEO da Pebble, Eric Migicovske, explicou que a empresa conseguiu levantar 26 milhões de dólares nos últimos oito meses, mas que o ambiente de investimento em Silicon Valley está a arrefecer e será obrigada a despedir um quarto dos empregados.

“Fomos cautelosos este ano na forma como planeamos os nossos produtos. Temos este dinheiro, mas o dinheiro entre capitais de risco em Silicon Valley anda parca por esta altura”, disse, na entrevista.

Os relógios da Pebble são compatíveis com iOS e Android e distinguem-se pelo design. Segundo previsões da consultora IDC para 2016, o Pebble OS vai garantir 7% de quota no mercado dos wearables, com a venda de dois milhões de unidades. Por comparação, a Apple absorve 49,4% do total, com 14 milhões de Apple Watch vendidos.

Este anúncio vem, aliás, dois dias depois de a Apple ter anunciado um corte de 50 euros no seu relógio inteligente, que passa agora a custar 379 euros em vez de 429. Este tipo de redução de preços é extremamente rara na Apple e pode significar que o relógio não está a vender tão bem quanto o esperado, apesar de liderar o mercado.

Se a Apple está a ter dificuldades, uma marca “indie” como a Pebble não terá a vida facilitada. O que a empresa quer fazer agora é focar-se no fitness e saúde, que têm sido os motores do mercado de wearables. A sua intenção é manter-se nos níveis de preços de entrada de gama, entre os 100 e 250 euros.