Facebook anuncia contratações para controlar anúncios e evitar interferências nas eleições

A rede social veio confirmar ontem, em comunicado, que os polémicos 3000 anúncios comprados na Rússia durante a campanha eleitoral das presidenciais dos EUA, foram vistos por cerca de 10 milhões de americanos. Para lidar com o problema, o Facebook anunciou a contratação de 1000 colaboradores para avaliarem os conteúdos publicitários colocados na sua plataforma.

O Facebook já tinha referido que 44% dos anúncios foram vistos antes das eleições de novembro de 2016 e veio agora confirmar que 25% dos 3000 anúncios não chegaram sequer a ser vistos.

Elliot Schrage, vice-president de Políticas e Comunicações do Facebook, indicou, em comunicado, que a empresa está a trabalhar com outras empresas tecnológicas do setor, como o Twitter e a Alphabet, para investigar a fundo o que aconteceu durante as eleições americanas.

O CEO da empresa, Mark Zuckerberg, já avançou que serão tomados várias medidas para evitar futuros abusos da rede social e quaisquer interferências em futuras eleições. Um desses passos é a contratação de 1000 pessoas para rever os  anúncios e garantir que os mesmo não violam as políticas do Facebook. 

Mas com mais de 5 milhões de anunciante, é difícil aplicar todas as políticas e as novas contratações podem não ser suficientes.

A plataforma vai ainda começar a exigir documentação mais completa às pessoas que desejam publicar anúncios sobre as eleições federais dos EUA, exigindo que confirmem os seus negócios e organizações.