“Federação de empresas” da EMC investe 5 mil milhões em 2014

O presidente da EMC, Jon Tucci, indicou que no último ano a companhia gastou cerca de 12% de suas receitas exclusivamente voltadas à pesquisa e desenvolvimento de serviços e produtos e mais 8% gastos em aquisições que ajudaram a formar a federação de empresas.

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O modo como a gigante de storage vende seus serviços de TI, por meio do que chama de federação de empresas, foi reafirmado pelo presidente da EMC, Jon Tucci, durante painel do EMC Fórum 2015, encontro anual da companhia que encerra hoje, em Las Vegas.

O executivo chamou a atenção para os resultados que podem ser gerados com a federação, unindo os serviços fornecidos por cada companhia de propriedade da EMC. “Com uma cadeia de companhias os nossos clientes podem comprar toda essa cadeia de serviço e implementar os seus sistemas de Big Data, Business Intelligence e virtualização de servidores, ou migração para a nuvem, em semanas, ao invés de meses, como é de praxe em nossos segmentos de atuação”, afirmou.

Segundo Tucci, a organização da companhia está segmentada com a Pivotal, companhia dedicada ao fornecimento de softwares numa plataforma de código aberto para o desenvolvimento e aprimoramento de plataformas de Big Data em cloud, a VMware, responsável por soluções de cloud híbrida, a RSA, que desenvolve programas de segurança para nuvem e aplicações críticas e a VCE cuida da convergência de infraestrutura desenvolvida pelo Storage, carro-chefe da EMC.

A federação também permitiu a implantação do chamado Data Lake (Lago de dados, em inglês), um pacote de serviços anunciado pela EMC no começo do ano e que promete implementar as plataformas de Big Data, Business Analytics, tudo hospedado em armazenamento EMC e protegidos pela segurança da RSA.

Como exemplo do sucesso dessa estratégia, que é desenhada pela EMC há pelo menos cinco anos, estão o de clientes como a alemã de automobilística BMW, o grupo norte-americano de comunicação NBC Universal e a biblioteca da cidade do Vaticano.

Nos casos específicos da BMW e da biblioteca na sede da igreja católica, os softwares e hardwares da EMC, ou de uma de suas companhias, ajudou a diminuir o tempo de processamento de dados colhidos na fabricação dos carros da primeira e a digitalização e proteção de documentos muito antigos e que são únicos, para que haja um backup na nuvem o tempo todo.

O chefe de pós-venda, business analytics e digital do BMW group, Dick Ruger, indica que “os sistemas ajudam a monitorizar a gestão financeira da companhia e os sistemas preditivos e conectados aos carros da BMW, já alertam que o carro em breve precisará de uma manutenção, como troca de óleo, pneus furados ou mesmo um carro manual”.

Já o CIO da biblioteca do Vaticano, Luciano Ammenti, finaliza, ao indicar que a digitalização promovida pela entidade, que colocou mais de 82 mil documentos na internet, “ajuda a imortalizar o documento que deixa de existir apenas na versão física, como também permitindo que a comunidade científica internacional, que poderá visitar as páginas em meio à aulas de história, geografia e outras disciplinas humanas, em todos os níveis e só foi conseguido graças às plataformas da EMC”, conclui.

*Amauri Vargas é jornalista da B!T no Brasil e viajou a convite da EMC