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Feedzai estuda entrada no Brasil em 2016

Segundo explica o CEO Nuno Sebastião, o volume de negócios no mercado brasileiro é inferior a um milhão de euros mas a empresa já tem bons clientes. Um é a UOL, que detém o sistema de pagamento PagSeguro, e o outro é a Stone, uma “startup de crescimento explosivo” na área de FinTech (tecnologia para a área financeira). As pessoas que a Feedzai tem a trabalhar no Brasil, por enquanto, são colaboradores que foram destacados de Portugal, algo que poderá mudar em breve.

“É algo que nos próximos doze meses poderemos realizar. Se com os clientes que já temos conseguirmos chegar aos dois milhões de receita, então aí vamos com muita força, solidez, de armas e bagagens”, explica. Até chegar a este volume, as parcerias são suficientes, considera – de resto, a mesma abordagem que fizeram aos mercados dos Estados Unidos e Índia. “Abrir estes mercados é um investimento grande. Temos de ter sinais de como o mercado funciona”, continua Sebastião. “Em doze meses estamos em condições de tomar uma decisão de investimento sério no Brasil.”

O core da empresa é software que combina big data e analítica com machine learning para detetar e prevenir fraudes no comércio, em todos os canais. Uma das gigantes que investiu na startup portuguesa foi a SAP, sendo que a redução drástica do custo total da solução é uma das suas vantagens.

Nos últimos dois anos, a Feedzai cresceu 300% e já faz 60% da faturação nos Estados Unidos. No ano passado, a prioridade foi promover a expansão internacional ao mesmo tempo garantindo a satisfação dos clientes, porque se fizessem asneira a reputação da empresa poderia sofrer bastante. E o mandato foi cumprido; ganharam clientes importantes em vários mercados-chave e consolidaram a sua tecnologia. “É mais importante para nós crescer de forma sustentada do que atirar para todo o lado. Mesmo do ponto de vista orgânico, é preciso contratar as pessoas certas”, refere o CEO.

Embora no Brasil ainda haja “um caminho para percorrer”, Sebastião afirma que é “seguramente um mercado em grande ebulição e um mercado muito interessante.” Em termos de financiamento, a startup está bem apetrechada – conseguiu no ano passado uma nova ronda que deverá ser suficiente para todos os planos até ao final de 2016. E um deles poderá passar, brevemente, pelo mercado brasileiro.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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