Fornecedor da Samsung acusado de exploração infantil

A Samsung Electronics declarou ter suspendido as suas relações comerciais com um dos seus fornecedores devido a suspeitas de exploração de trabalho infantil.

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Numa mensagem hoje publicada no seu blogue oficial, a tecnológica sul-coreana revelou que encontrara provas que apontavam para que o seu fornecedor chinês de componentes eletrónicos Shinyang Electronics, em Dongguan, China, estava a empregar menores nas suas fábricas.

Na semana passada, a Samsung afirmou que investigaria prontamente a situação, depois de a China Labor Watch, uma organização norte-americana sem fins lucrativos que investiga as atividades dos fornecedores chineses das maiores empresas dos Estados Unidos, ter comunicado que o fornecedor empregara pelo menos cinco crianças menores de 16 anos nas suas centrais de produção.

A organização disse que crianças, e mesmo jovens menores de 18 anos, eram contratados pela Shinyang, por um período compreendido entre três e seis meses, em alturas de grande procura para atingir objetivos de produção.

As crianças, de acordo com o relatório da China Labor Watch, eram pagas por dez horas de trabalho diário, mas verdadeiramente trabalhavam onze horas por dia.

A reguladora das atividades dos fornecedores chineses de empresas norte-americanas avançou que uma investigação oculta que levou a cabo iluminou 15 infrações das leis do trabalho, entre elas o emprego de crianças, a ausência de treino de segurança, a falta de pagamentos por horas extraordinárias e a inexistência de seguro de saúde para trabalhadores temporários, que constituem cerca de 40 por cento dos pouco mais de mil trabalhadores da Shinyang.

Curiosamente, as denúncias da China Labor Watch emergem pouco tempo após a Samsung ter assegurado que nenhum dos seus fornecedores na China violava quaisquer leis.

A sul-coreana dera início à sua própria investigação em 2012, depois da China Labor Watch ter começado a focar-se nos seus fornecedores.