Gastos em segurança de informação crescem 7,9% em 2016

Os gastos em segurança da informação vão crescer 7,9% este ano para 81,6 mil milhões de dólares, cerca de 73,6 mil milhões de euros. São dados do novo relatório da Gartner, que está a preparar o Security & Risk Management Summit 2016 em setembro, em Londres.

Segundo o relatório, a consultoria e outsourcing de TI são as categorias com maiores volumes de investimento em segurança da informação. Até ao final de 2020, refere a consultora, o maior crescimento virá dos testes de segurança, outsourcing de TI e prevenção de fuga de dados (DLP).

A segurança preventiva vai continuar a exibir um forte crescimento, visto que os responsáveis pelas práticas da área têm preferência por estas medidas. No entanto, diz o relatório, soluções como segurança da informação e gestão de incidentes e gateways web seguras (SWG) estão a evoluir para permitir abordagens de deteção-e-resposta. A Gartner espera que o mercado de SWG mantenha um crescimento de 5% a 10% até 2020.

“As organizações estão a focar-se cada vez mais na deteção e resposta, porque tomar a abordagem preventiva não tem sido bem sucedida no bloqueio de ataques maliciosos”, refere Elizabeth Kim, analista sénior da Gartner. “Aconselhamos fortemente as empresas a equilibrarem os seus investimentos para incluírem ambas as medidas.”

Os gastos com segurança vão ser cada vez mais impulsionados por serviços – uma resposta à escassez de talentos nesta área. Está também a emergie outra área, Gestão de deteções e resposta (MDR), em que a procura surge entre empresas com dificuldade para instalarem, gerirem e usarem uma combinação efetiva de experiência e ferramentas para detetar ameaças e recuperar um estado seguro.

Onde não haverá ter grandes alterações será nos segmentos de software de segurança no consumo, gateways de email seguras e plataformas de proteção endpoint: aqui, a comoditização está a gerar alguma estagnação.

Uma conclusão interessante é que o preço médio de venda para firewalls vai subir 2% ou 3% por ano até ao final de 2018. Isto porque há maior procura por equipamento de ponta entre os fornecedores de cloud e outros serviços. Metade das médias e grandes empresas também irá adicionar às suas firewalls funcionalidades mais avançadas e viradas para as inspeções.