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Gestores receiam que crise grega afete recuperação de Portugal

A taxa de câmbio da moeda europeia, a reação da Bolsa e o efeito psicológico que toda esta situação está e poderá provocar na mente de consumidores e empresários são, para o painel e pela respetiva ordem, os principais canais de contágio que poderão trazer a turbulência à economia nacional.

 Apontada por quase um terço dos inquiridos (29 por cento), a situação económica da Grécia encabeça, inclusive, a lista de fatores que os empresários e gestores nacionais consideram que vão ameaçar o desempenho da economia portuguesa no segundo semestre de 2015. Seguem-se as eleições legislativas (26 por cento) e, em terceiro lugar, a crise do mercado angolano (24 por cento).

A nuvem pesada que paira sobre a economia europeia e a aproximação de um novo sufrágio não abalam, contudo, a confiança dos empresários nacionais que atinge em julho os 12,7 valores – escala de 0 a 20, subindo 0,7 valores face ao período homólogo de 2014. Trata-se de um novo máximo desde que a confiança da classe empresarial começou a ser medida pelo Barómetro Kaizen em janeiro de 2013. Nota para o facto da escala de confiança registar uma subida contínua há mais de um ano (fevereiro de 2014), quando se situava nos 11 valores.

Gestores confiam no projeto económico europeu

À conta dos desenvolvimentos recentes protagonizados pelo Governo de Atenas e pelo Eurogrupo, muitas foram as vozes que se insurgiram contra o plano de austeridade imposto pela troika na Grécia e em resgates anteriores, e muitos são aqueles que põem em causa o projeto económico europeu. Mais de dois terços dos inquiridos (69 por cento) concorda com o modelo de austeridade a que os países alvos de resgate foram sujeitos, considerando que o memorando de entendimento pressupõe o cumprimento de metas, reformas e compromissos previamente estabelecidos.

A maioria não corrobora a ideia de que projeto económico europeu é um programa falhado. Um terços dos inquiridos (34 por cento) alega que a intervenção das instituições europeias foi determinante para minimizar o impacto da crise que teve início em 2008. 29 por cento defende que a Europa sairá mais forte de todo este processo. O Barómetro Kaizen é um inquérito promovido pelo Kaizen Institute junto de um painel composto por mais de 150 gestores de topo de empresas do panorama nacional, com o objetivo de aferir, semestralmente, as motivações, apreensões e necessidades do tecido empresarial português. O período de auscultação desta edição do Barómetro Kaizen ocorreu entre os dias 16 e 21 de julho.

Redação Silicon

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