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Google News pretende aliança com os seus editores

A Google pretende fortalecer as marcas de comunicação social, antes de avançarem para modelos pagos, e anunciou recentemente que, a partir do primeiro trimestre do próximo ano, vai permitir em Portugal uma seleção pelos editores das suas notícias que pretendem salientar no Google News.

A notícia foi dada pelo Strategic Development Manager da Google, Luís Collado, na conferência do Dia Nacional da Imprensa, organizada pela Associação Portuguesa de Imprensa, que decorreu na cidade de Lisboa.

O agregador de conteúdos vai manter a lista ordenada de notícias de várias fontes, mas permitirá uma caixa com a marca do editor e uma escolha de notícias da responsabilidade do mesmo, chamado Editors’ Picks.

No entanto, não foi explicado se o espaço poderá vir a ser pago ou se vai impedir que os meios de comunicação social promovam ali artigos publicitários como sendo seleções do editor. A Google pretende que, quando exista um excesso de informação, as marcas se destaquem no Google News e sirvam de curadores.

Esta decisão ocorre antes dessas marcas fecharem os seus conteúdos a pagamento, podendo diminuir o número de notícias no Google News.

Gustavo Cardoso, do Obercom, apresentou dados curiosos sobre a leitura online e em papel em Portugal. Segundo o responsável, a audiência média da imprensa cresceu 13,8 por cento entre 2008 e 2012, quando as tiragens caíram no mesmo período cerca de 12 por cento.

Os jornais económicos e desportivos, apesar de terem uma ligação social fraca, têm maior audiência. “Há uma taxa de eficiência menor com este tipo de diários”, explica Gustavo Cardoso, acrescentando que “isso não significa que a publicidade pague menos por eles, embora seja isso que está a suceder, pois os jornais estão a receber menos em 2012 do que em 2008 apesar das suas audiências terem aumentado”.

João Palmeiro, Presidente da APImprensa, alertou para o fim do portal da imprensa regional neste ano, “se o secretário de Estado não fizer nada”. O secretário de Estado com o pelouro da comunicação social, Pedro Lomba, considera que a lei de apoios ao setor, de 2005, está “desajustada” e “desconsidera o digital e as parcerias” e “ignora a inovação e os conteúdos de serviço público”.

Pedro Lomba anunciou que, brevemente, vai haver um novo sistema de apoios para a entrada dos media na era digital, em rede, para a criação de mais conteúdos, formação dos jornalistas e apoio aos jornalistas independentes, e ainda uma maior integração dos meios de comunicação social nos contextos locais e regionais.

Cátia Colaço

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