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Governo chinês revela patentes da Microsoft usadas pelo Android

É público que a Microsoft e a Google são rivais em muitas áreas, mas há que não esquecer que a Microsoft também regista um lucro assinalável com as patentes que os fabricantes de Android utilizam. Estes acordos costumam ficar secretos e os pormenores apenas são conhecidos quando há alguma disputa legal, mas agora o governo chinês veio, inadvertidamente, dar a conhecer mais pormenores.

Os acordos de licenciamento das patentes entre a Microsoft e os fabricantes de dispositivos Android garantem à empresa de Redmond um valor por cada equipamento que incorpore propriedade intelectual da companhia. Segundo as estimativas de alguns analistas, a Microsoft está a lucrar cerca de dois mil milhões de dólares com o licenciamento destas patentes, sendo que esses fundos, alegadamente, estão a ser canalizados para a divisão de entretenimento, que engloba as áreas de Xbox, Windoes Phone e Skype.

As patentes e as verbas envolvidas nestes negócios de licenciamento nunca foram reveladas e as poucas informações que eram de conhecimento público chegavam na sequência de disputas legais em que o tribunal exigia saber mais detalhes. Contudo, agora o Ministério do Comércio chinês (MOFCOM) publicou no seu site uma série de pormenores sobre o leque de patentes utilizadas nos acordos de licenciamento. Tudo isto porque a Microsoft teve de apresentar a lista de patentes ao governo chinês para que a compra da divisão da Nokia fosse aprovada.

Os reguladores chineses acabaram por aprovar o negócio em Abril e a lista das patentes ficou disponível ao público, passando a saber-se que a tecnologia móvel utiliza, por norma, 73 patentes essenciais da Microsoft na sua vertente standard e mais 127 específicas para dispositivos Android. A estas juntam-se ainda mais 42 patentes emitidas e 68 ligadas a aplicações. No total, são 310.

Recorde-se que, apesar do recente reforço das relações entre a empresa de Redmond e as companhias chinesas, a Microsoft tem estado sob escrutínio do governo local, tal como acontece com a IBM, Google e Apple, tendo o Windows 8 chegado a ser considerado uma ameaça à cibersegurança.

Paulo Matos

Jornalista há mais de 10 anos, é fanático por cinema, música e MMA. Após uma passagem pelo Ministério da Defesa, conciliou as paixões por tecnologia e escrita, especializando-se em TI, nomeadamente nas áreas de Canal e B2B.

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