IBM mostra o que o Watson consegue fazer na ‘era cognitiva’

* em Las Vegas

A plataforma de Internet das Coisas baseada no Watson já tem 500 parceiros e 80 mil programadores, disse a CEO da IBM, referindo que a empresa tem 4 mil clientes IoT. Ginni Rometty salientou que, por isso mesmo, há cada vez mais dados a serem gerados e recolhidos. “Mas o que vai diferenciar as empresas é como compreendem esses dados.”

Rometty, que falou numa “Internet das Coisas Cognitiva”, disse que os fatores de sucesso para as empresas serão ter a plataforma certa, alcançar novos formatos de dados e o poder do ecossistema. “É o nascer de uma nova era, a era cognitiva, o negócio digital somado à inteligência digital”, declarou a executiva.

O problema com os dados, referiu, é que boa parte deles são “invisíveis” às empresas. O que o Watson consegue fazer é ir busca esses novos formatos, como dados de redes sociais, vídeo e até de apps de meteorologia, que Rometty apelidou de “plataformas em tempo real sofisticadas.”

“Temos o compromisso de vos ajudar a construir uma tremenda capacidade nas áreas de dados e analítica”, sublinhou. “A inteligência artificial é parte da computação cognitiva. Esta é a a era dos sistemas que vocês não programam, isso é o que o Watson faz.”

Na questão do ecossistema, a CEO foi clara: “qualquer Internet das Coisas que diferencie o vosso negócio tem de ser cognitiva”, porque “os dados não vão significar nada a não ser que se tornem cognitivos.”

É aqui que a IBM quer solidificar a sua marca. Rometty falou da transformação da empresa, a sua reinvenção nos últimos anos. A apresentação de três parcerias viradas para o consumidor – uma com a Under Armour para uma app de fitness que funciona com um wearable, outra com a SoftBank para o robô Pepper e outra com a Medtronic para uma app dedicada a diabéticos – não quer dizer que a IBM esteja mais próxima de produtos de consumo. A executiva disse que a IBM é agora “uma empresa de soluções cognitivas e plataforma na nuvem.” Mas com isso, através do superpoder do Watson, irá “chegar a milhões, talvez milhares de milhões de indivíduos.”

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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