Igualdade de género no top of mind das tecnológicas

O Estudo de Diversidade & Inclusão realizado em Portugal pela Michael Page, empresa de recrutamento e seleção especializada, revela que a igualdade de género está no top of mind das empresas tecnológicas quando se trata de promover a diversidade e inclusão.

Os profissionais inquiridos pela Michael Page confirmam que a igualdade de género é a área de diversidade e inclusão em que as empresas mais apostam em Portugal, com 31,3% a afirmar que as empresas em que trabalham aplicam medidas nesta área.

Entre as medidas de diversidade e inclusão mais aplicadas no setor tecnológico, destacam-se também medidas relativas à igualdade étnica (26,9%) e idade (23,9%). Contudo, 32,8% afirma que as empresas onde trabalha não aplicam ainda quaisquer medidas de diversidade ou inclusão.

A inclusão de profissionais portadores de deficiência física ou mental continua a ser uma realidade para apenas uma pequena percentagem, indicada como uma prática por 14,9% e 6% dos inquiridos, respetivamente.

De acordo com Álvaro Fernández, Director Geral da Michael Page Portugal, “a baixa percentagem de inclusão de profissionais portadores de deficiência é surpreendente numa área em que o trabalho, pela sua especificidade, depende acima de tudo das competências técnicas dos colaboradores, podendo ser realizado por estes profissionais”:

Quando se trata de analisar a evolução da implementação de medidas de diversidade e inclusão nas empresas, 55,2% dos inquiridos indica que a atuação nesta área se mantém, 20,7% constata que houve um crescimento positivo, e 24,1% afirma que verifica umadiminuição das medidas implementadas.

Além de medidas para a igualdade de género, étnica e de idade, é também comum a implementação de medidas relativas à flexibilidade de horários e contratos (58,6%), políticas contra a discriminação no recrutamento, como evitar questões privadas durante as entrevistas (34,5%), desenvolvimento de um ambiente flexível, adaptado a várias formas de trabalho (31%), oportunidades de formação para colaboradores mais experientes e disponiblização de cursos de idiomas para os colaboradores (27,6%).

Sobre as principais limitações à implementação de novas medidas, os inquiridos apontam a mentalidade dos colaboradores (43,5%), adaptação do local de trabalho (34,8%), indisponibilidade financeira das empresas para o investimentos na implementação de medidas para a diversidade e inclusão (30,4%) e o facto de esta ainda não ser considerada uma questão relevante pelas empresas (33%).

Em contrapartida, os inquiridos consideram que as questões com maior influência positiva para a implementação de medidas de diversidade/inclusão são a ética, o desenvolvimento e abertura a novos mercados e a captação e retenção de talento (82,1%).