Indústria eletrónica vê o futuro na Internet das Coisas

Um grupo de onze diretores executivos da indústria eletrónica, incluindo chefes da ARM, Infineon e STMicroelectronics, recomendaram que a União Europeia criasse centros de pesquisa focados na “Internet das Coisas” como parte de uma estratégia para travar o declínio das ações europeias da indústria global de semicondutores.

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A recomendação é parte de um documento entregue à Comissão Europeia na passada sexta-feira pelo Grupo de Líderes Eletrónicos, criado o ano passado pela Comissão como parte da sua Estratégia Eletrónica para a Europa, que objetiva facilitar o investimento na indústria de cem mil milhões de dólares até 2020, e ao mesmo tempo duplicar o valor da produção de micro-processadores da UE e criar 250 mil empregos na Europa.

A indústria europeia de semicondutores emprega diretamente 250 mil pessoas, com cerca de 2,5 milhões empregadas no panorama geral, enquanto componentes e sistemas micro e nano-eletrónicos representam pelo menos dez por cento do PIB da Europa.

Os centros de pesquisa, parte de uma iniciativa chamada Smart Everything Everywhere, seriam financiados por um programa de parceria público-privada denominada Electronic Components and Systems for European Leadership (ECSEL), que tem lançamento marcado para Maio do presente ano e tem um orçamento planeado total no valor de pelo menos 5 mil milhões de euros ao longo dos próximos sete anos. O ECSEL é ele mesmo parte do Horizon 2020, o programa europeu para os sete anos vindouros.

O plano, apelidado de A European Industrial Strategic Roadmap for Micro- and Nano-Electronic Components and Systems, identifica a Internet das Coisas como a próxima fronteira para a tecnologia digital.