Inovação, mudança e parcerias

Opnião Casimiro Santos-01Tendo nascido num meio académico, onde imperava a inovação, e tendo crescido a antecipar o futuro, a Cisco tem mantido um crescimento sustentado e baseado na criatividade interna e em aquisições para o preenchimento de lacunas na sua oferta. Sendo fundamentalmente uma companhia que actua no mercado de modo indirecto, em Portugal a rede de parceiros é ainda mais importante, pela especificidade do mercado nacional e a predominância das pequenas e médias empresas.

Na estratégia da Cisco há dois pilares fundamentais: as soluções e sistemas que pretendem concretizar a (r)evolução de interligar “tudo”; e os parceiros, incluindo grandes multinacionais e integradores, consultores, formadores e distribuidores locais.

Num âmbito empresarial, as soluções e os sistemas da Cisco ocupam posições de liderança a nível mundial e também em Portugal. São exemplos os switches Ethernet, os sistemas de voz, os routers, soluções WLAN e de telepresença, entre outros. A companhia tem apresentado uma boa capacidade de resposta às exigências inerentes às grandes mudanças que se verificaram e continuam no mercado de Tecnologias de Informação e Comunicação, tendo contribuído e continuando a contribuir para a sua efectivação. Primeiro, a convergência entre dados e voz. Segundo, a convergência entre o fixo e o móvel. E, mais recentemente, a convergência entre as tecnologias de informação e as de comunicações, com a atenuação das fronteiras entre os vários componentes como aplicações, hardware, software, segurança e redes.

Sendo um país que adopta com facilidade as novidades tecnológicas, quer a nível pessoal quer empresarial, Portugal é uma “economia inovadora”. Não o seria sem companhias como a Cisco e todo o seu ecossistema de parceiros. Um exemplo, apresentado no Cisco Connect Portugal 2013, é o conceito CMX (Connected Mobile Experience), que tem como pontos de partida a mobilidade e a personalização. Rui Brás Fernandes, Product Sales Specialist Enterprise Networking da Cisco, explica que este conceito faz uma junção destas duas realidades, permitindo através de uma infraestrutura Cisco Unified Access, dar uma nova experiência aos utilizadores finais, contribuindo ao mesmo tempo para uma maior visibilidade do que se passa nas redes Wi-Fi para os detentores das mesmas. Adianta que esta experiência pode ser aplicada, por exemplo, ao sector do retalho, onde se juntam as vantagens das compras online com as lojas físicas, podendo enviar informação contextualizada do utilizador, tendo em conta a sua localização e perfil.

Para obter negócio e inovação a partir do CMX, a Cisco associou-se à Portugal Telecom (PT) para a criação de uma experiência diferente. Recorrendo a informação disponibilizada pela infraestrutura CMX, a PT desenvolveu uma aplicação para smartphones Android que permite fornecer dados, baseados no local onde a pessoa se encontra e de acordo com a altura do dia, analisar o comportamento dos utilizadores e ajudar à decisão de negócio. Este é um exemplo do modo de actuar da Cisco, baseado em inovação e parcerias, em busca de novas oportunidades de negócio. Mesmo que estas depois não se concretizem. Nem sempre se concretizam.

Outras experiências concretas advêm de outros parceiros locais. Para a aproximação a um leque alargado de empresas, de todas as dimensões e áreas de negócio, a parceria com a Novabase é fundamental. Também nascida num âmbito universitário, a Novabase é hoje um parceiro que tem nos seus quadros largas dezenas de especialistas dedicados às tecnologias Cisco, em que praticamente toda a oferta Cisco está abrangida.

Mais direccionadas a PMEs, as parcerias com outros integradores nacionais como CILNet, Compta, Real Life e Regra, são fundamentais para a prestação de serviços profissionais e de suporte a empresas, bem como para a implementação de projectos, que podem tornar as empresas mais eficientes e permitir a redução de custos. A Cisco tem um portefólio de soluções e produtos que endereçam este segmento de mercado e acrescentou as soluções de financiamento Cisco Capital, alargado a empresas de todas as dimensões, para permitir ultrapassar os constrangimentos financeiros dos clientes, sobretudo as PMEs, nestes tempos de dificuldades económicas e financeiras.

Nuno Ferraz de Carvalho, Director Geral da Cisco Portugal, referiu, na sua palestra do início do Cisco Connect Portugal 2013, que a única constante é a mudança, no caminho para a concretização do conceito Internet of Everything. A mudança vai acontecendo no mercado e nos modelos de negócio e de consumo, tendo em conta novas propostas tecnológicas, para os clientes, que estão também focalizadas nas suas especificidades. Entram neste âmbito as mais variadas formas de Cloud Computing, com vários tipos de oferta de serviços e modelos de licenciamento dimensionáveis às necessidades de cada momento e de cada negócio. Esta mudança tem que incluir também, e naturalmente, os parceiros e a continuação de um trabalho próximo com os meios académicos. O que acontece na Cisco Portugal.

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