Malware móvel volta a aumentar no segundo trimestre

Entre abril e junho de 2015, as soluções de segurança da Kaspersky Lab detetaram 291.800 novos programas de malware móvel, 2,8 vezes mais do que no trimestre anterior. O número de pacotes de instalação de malware móvel também não deu tréguas e chegou à marca de um milhão no período em causa.

Também nos primeiros três meses do ano o número de programas maliciosos móveis tinha aumentado 3,3 vezes face ao período anterior.

Já os famosos programas maliciosos designados “Cavalos de Troia” (Trojan, em inglês) parecem ter abrandado no que diz respeito à área da banca móvel. No período em análise, foram identificados 630 cavalos de Troia bancários, o que compara com 1527 no primeiro trimestre de 2015.

No entanto, o Trojan-SMS.AndroidOS.OpFake.cc ficou mais forte. A versão mais recente deste malware é agora capaz de atacar 114 instituições bancárias e financeiras, quando o seu alcance não ia muito além das 29 entidades.

O irmão Trojan-Spy.AndroidOS.SmsThief.fc. também merece destaque este trimestre. Os cibercriminosos conseguiram agregar o seu código a uma aplicação bancária legítima, sem afetar o seu funcionamento. Assim, explica a Kaspersky em comunicado, tornou-se bastante mais difícil detetar este Cavalo de Troia.

Trojans SMS caem do pódio

A liderar a estatística dos programas maliciosos para dispositivos móveis detetados está o RiskTool, com uns consideráveis 44,6 por cento. Trata-se de aplicações legais que são potencialmente perigosas para os utilizadores, uma vez que o uso malicioso ou irresponsável por parte do dono do smartphone pode causar perdas financeiras ao utilizador.

Em segundo lugar, encontramos o Adware (19 por cento), composto por programas publicitários para dispositivos móveis potencialmente indesejáveis.

A fechar o pódio temos o Trojan, que ocupa uma fatia de 12,4 por cento de entre os programas móveis detetados. Este software nocivo cresceu desde o primeiro trimestre, em que registou uma participação de 9,8 por cento.

Os Trojans SMS encontraram-se durante muito tempo no topo desta estatísticas. Ainda no primeiro trimestre, estavam na segunda posição, com 21 por cento. Mas nos três meses seguintes, não foram além do quarto lugar, com 8,1 por cento. A perda de poder deste malware deve-se, explica a Kaspersky, ao facto de os hackers terem começado a usar métodos mais transparentes de monetização, o que, por sua vez, levou ao crescimento da percentagem do RiskTool.

Teresa Sousa

Colaboradora da B!T, escreve sobre Negócios e TI. Vive dividida entre a criatividade das letras e a precisão dos números. Foi por isso que ingressou nos cursos de Jornalismo e Gestão quase ao mesmo tempo. Mas é no primeiro que quer juntar o melhor dos dois mundos.

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