Microsoft e GNR celebram dia da Internet Mais Segura

Hoje, dia 11 de fevereiro, celebra-se, em toda a europa, o dia da Internet Mais Segura. Em Portugal, o dia foi assinalado com múltiplas ações de sensibilização e formalização em escolas do ensino básico e secundário.

IMG_20140211_115255A iniciativa contou com o apoio de 320 militares da GNR e mais de 200 voluntários da Microsoft que, em conjunto, percorreram 200 escolas de norte a sul do país, chegando a 30 mil alunos e realizando mais de 700 ações de sensibilização e formação sobre os perigos do mundo online e formas seguras de navegação na Internet.

No âmbito da iniciativa, e seguindo um formato pedagógico desenhado em parceria com os professores dos ensinos básicos e secundários e à medida dos alunos, foram partilhadas sugestões e orientações relacionadas com segurança online, dividindo-se em regras básicas de segurança no dia-a-dia para os alunos do primeiro ano e, para os alunos dos níveis seguintes, a abordagem centrou-se em temas mais sérios como o bullying e ciberbullying, através da apresentação e discussão de vídeos, dados estatísticos e partilha de histórias reais, com uma atenção especial às redes sociais.

O Agrupamento de Escolas D. Carlos I, em Sintra, contou com uma sessão especial, onde a Microsoft e a GNR realizaram uma aula interativa de segurança online para cerca de 500 crianças, do terceiro ao sexto ano de escolaridade. A sessão contou com a intervenção do Major-General Agostinho Dias da Costa, Comandante Operacional da GNR, Rui Pereira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, e Vânia Neto, Diretora para a Área da Educação, Cidadania e Responsabilidade Social da Microsoft Portugal.

Segundo o Major António Gomes, a parceria entre a GNR e a Microsoft deveu-se ao facto de a Microsoft ter um conhecimento vastíssimo na matéria de segurança e da GNR ter, à sua responsabilidade, 95 por cento do território nacional, incluindo mais de seis mil escolas, abrangendo mais de 700 mil alunos. “Considerou-se que a Microsoft tem conhecimento e nós, por outro lado, temos a capacidade de chegar a um público vastíssimo, e quando falamos em público, falamos em crianças e jovens, em primeira instância”. Vânia Neto concorda com Major António Gomes, onde a parceria com a GNR permite levar a iniciativa onde “nunca antes tinham estado” e explica que desde há seis anos que a Microsoft celebra o dia da Internet Mais Segura em Portugal, algo que faz parte “da responsabilidade social” da empresa. É do interesse da Microsoft continuar este projeto e levar o dia da Internet Mais Segura, nos próximos anos, a mais escolas, jovens e, também, pais e professores, que são aqueles que, muitas vezes, “podem ter um papel fundamental para evitar alguns perigos”.

O Major-General Agostinho Dias da Costa salienta que “com os computadores e a ligação à rede da Internet o ensino tornou-se mais apelativo, mais estimulante, certamente mais orientado para o desenvolvimento de capacidades e competências assentes na criatividade e na autonomia individual”. O Major-General referiu também que a realidade atual onde vivemos, com a computorização progressiva dos equipamentos eletrónicos, “não é isenta de riscos e ameaças, sendo essencial promover, também neste domínio, políticas públicas que promovam a proteção dos utilizadores da rede, dos equipamentos e da informação. Por via do desenvolvimento de uma cultura de segurança importa promover a utilização da Internet de uma forma segura, que elimine vulnerabilidades e danos materiais e pessoais aos seus utilizadores”.

A sessão especial em Sintra serviu para alertar as crianças entre os oito e os 12 anos sobre os problemas que a Internet, cada vez mais utilizada por todos, pode ter. Na apresentação, feita em conjunto pela GNR e pela Microsoft, falou-se do que são vírus, hackers, spam e phishing, por exemplo.

Os jovens passam, em média, 116 minutos por dia online e, para isso, é essencial que as gerações mais novas saibam e conheçam boas práticas para uma “Internet Mais Segura”. Algumas dessas práticas para os mais novos é, tão somente, por exemplo, uma palavra-passe complicada, “difícil de descobrir”, não falar com estranhos nas redes sociais ou não abrir e-mails de pessoas que as crianças e jovens não conhecem, até porque um em cada 340 e-mails contém software que prejudica o computador.
Um outro ponto apresentado às crianças foi as redes sociais, em que quase todos os presentes afirma usar. 67 por cento dos utilizadores de Internet usam redes sociais e metade não sabe alterar definições de privacidade no Facebook. Aqui, foi falado da publicação de fotos, que depois de publicada não pode ser retirada da Internet e que, caso se publique uma foto, esta não deve ser pública mas sim apenas para os amigos “reais” e família.

Os principais conselhos para os mais novos, apresentados na aula interativa, são simples e, quando postas em prática, serão sempre positivas, quer para os pais se sentirem em segurança com as suas crianças, quer para as crianças em si. Proteger informações pessoais, proteger o computador, respeitar os outros, comunicar e navegar em segurança e socializar em segurança são os conselhos.

No âmbito do Dia da Internet Mais Segura, ou Safer Internet Day, A GNR aproveitou para divulgar alguns dados relativamente aos riscos de navegação na Internet: foram registadas 578 ocorrências relacionadas com burla informática e comunicações em 2013, um número ligeiramente mais baixo que em 2012 (598), somando-se, ainda, 240 ocorrências registados no item de compra e venda através da web, 112 contactos fraudulentos entre vítima e suspeito concretizados através da Internet/e-mail, 180 ocorrências que derivaram do acesso à Internet e visita a um site, 42 registos de fraude bancária e, ainda, 21 ocorrências relacionadas com emprego e trabalho através da web.

Para os pais, e na opinião do Major António Gomes, o principal conselho é que “estejam atentos, que falem com os filhos e que também transmitam estes conselhos”, sendo importante, para os pais, saberem o que os seus filhos consultam, onde navegam e, se for caso disso, que proíbam os filhos de navegar nesses sites que não são os mais adequados.