Museu Atkinson cria experiências de realidade virtual baseadas em obras de arte

Numa colaboração que promove a criatividade, o intercâmbio cultural e a educação foram criadas experiências de realidade aumentada, inspiradas nas obras da exposição “The Dynamic Eye”, da Tate Collection.

Com a missão de reforçar a ligação entre o mundo académico e a arte, o Museu Atkinson, situado no Quarteirão Cultural WOW, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e a Escola Superior de Media Artes e Design juntaram-se pela primeira vez para criar um projeto imersivo: o ARTTRAIL.

Com base em sete obras que integram a exposição “The Dynamic Eye: Beyond Optical and Kinetic Art”, em colaboração com a Tate Collection, foram criadas experiências de realidade virtual que incentivam a fusão do mundo físico com o digital através de um código QR.

Um dos projetos do ARTTRAIL inspira-se na “Sphere Bleue”, do artista argentino Julio Le Parc, cuja instalação tridimensional pretende simular um cenário apocalíptico, representando uma “batalha” entre a peça de Julio Le Parc e a estátua de Infante Dom Henrique.

O resultado deste embate é um conjunto de estilhaços azuis, que se distribuem pelo espaço virtual.

Outra das experiências baseia-se na obra “Antennae with Red and Blue Dots”, do artista Alexander Calder. Aqui utilizaram-se elementos pictográficos em suspensão, representativos da cultura portuguesa, e cujo movimento evoca os jogos eletrónicos, oferecendo contemporaneidade à obra de Calder.

Numa outra perspetiva, partindo do “Torso”, do artista Harry Kramer, promove-se uma experiência imersiva, ao permitir aos visitantes atravessarem a estrutura de duas faces paralelas representativas do torso humano.

Este projeto colaborativo oferece interpretações inesperadas e experimentais destas obras, combinando formas de arte tradicionais e contemporâneas.

Através de um código QR, apenas disponível no museu, é possível explorar e interagir com a exposição num plano mais dinâmico, repleto de diferentes cores, luzes e formas.