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MWC 2015: Google oficializa entrada nas comunicações móveis

Os rumores de que a Google estaria interessada em expandir a sua área de negócios ao investir nas comunicações móveis foram confirmados por um executivo da empresa, no Mobile World Congress. As intenções não são, no entanto, transformar-se num dos nomes principais do setor.

Sundar Pichai, vice-presidente sénior de produtos da Google, foi um dos oradores convidados no Mobile World Congress e aproveitou o momento para confirmar as suspeitas de que a Google estaria interessada em apostar nas comunicações móveis. A entrada da empresa neste mercado deverá funcionar em moldes relativamente diferentes dos habituais, demarcando-se das grandes operadoras norte-americanas.

O serviço surgirá em pequena escala dado que a Google não pretende concorrer com operadoras como a Verizon ou AT&T, mas sim desenvolver novas ferramentas e tecnologias que possam fazer evoluir o modo como as comunicações móveis são distribuídas e inspirar as restantes empresas.

Por agora, Pichai ainda não revelou pormenores concretos sobre a realização do novo negócio da Google mas garantiu que mais novidades serão reveladas já nos próximos meses. Entre as informações mais aguardadas está a indicação de quais as empresas a que a Google deverá aliar-se para fornecer o novo serviço, já que as comunicações móveis da Google deverão seguir o modelo MVNO – Mobile Virtual Network.

Na prática, isto significa que a Google apenas seria responsável pela distribuição dos pacotes e pela gestão dos preços a que a sua oferta será disponibilizada, deixando de lado a necessidade de construção ou aquisição de infraestruturas próprias. Por outro lado, este modelo implica o aluguer de equipamentos a operadoras como a T-Mobile ou a Sprint.

Na apresentação de Sundar Pichai, duas questões ficaram claras: que a Google não quer ser vista como operadora concorrente e que o alargamento das suas áreas de atividade tornam a estratégia da empresa mais vertical. Esta verticalidade justifica-se pelo facto da Google ter no seu portefólio soluções que vão do hardware ao software, incluindo sistemas operativos, aplicações e smartphones, e juntando-lhe, agora, o fornecimento de serviço de telecomunicações.

Filipa Almeida

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