MWC | Intel diz que 5G será a chave para a revolução IoT

A Intel focou a sua apresentação no Mobile World Congress na tecnologia 5G, entendendo que será a chave para a revolução da Internet das Coisas. A fabricante está a trabalhar com a Nokia, LG, Verizon, Ericsson, SK Telecom e KT para pôr uma solução comercial no mercado em 2018, segundo avançou o CEO Brian Kzarnich.

“Milhares de milhões de aparelhos cada vez mais inteligentes e conectados, dispositivos personalizados e ricos em dados, e aplicações na nuvem estão a impulsionar a necessidade de redes mais inteligentes e poderosas”, afirmou a vice-presidente do grupo de dispositivos e comunicações da Intel, Aicha Evans. “A transição para o 5G junta as comunicações e a computação e é uma mudança fundamental para a indústria”, continuou, sublinhando a importância que terá para a visão futura da Internet das Coisas.

Noutro painel, o CEO Brian Kzarnich deu um exemplo daquilo que o 5G vai possibilitar: milhões de drones a voar em baixa altitude, prontos a revolucionar a entrega de encomendas e outras funções. O executivo referiu que a rede 4G não tem a estabilidade e velocidade necessárias para suster um desempenho fiável dos drones do futuro. “O drone tem de estar ligado em todos os momentos. Para causar uma disrupção na forma como as encomendas são entregues, temos de ter 5G.”

E quem diz drones diz todas as outras coisas que se preparam para estar ‘always on’, como referiu Aicha Evans. “Isto não é para smartphones e tablets. Isto é para os aparelhos do futuro”, indicou a responsável.

Na vaga que trouxe o 4G/LTE para o mercado, a Intel perdeu a carruagem – tal como aconteceu nos próprios dispositivos móveis, que muito raramente têm “Intel Inside”. No caso da rede, a empresa apostou no WiMAX (usado em Portugal, por exemplo, pela Zapp em parceria com a ZTE, pela Compta, Alcatel-Lucent, etc.). A tecnologia criada há quinze anos acabou por não vingar como nova geração móvel dominante, e agora a Intel quer ter a certeza que está no caminho certo.