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Nokia regressa ao negócio dos telemóveis e tablets

É uma viragem extraordinária. A Microsoft delapidou a marca depois de adquirir a divisão móvel da Nokia, da qual se vai desfazer agora. Ao mesmo tempo, a marca finlandesa anunciou a criação de uma nova empresa, HMD global, com a qual assinou um acordo de licenciamento que abrange direitos de marca e propriedade intelectual.

Em comunicado, a Nokia Technologies revelou que a HMD terá a licença de criação de dispositivos móveis durante os próximos dez anos. Mais, irá comprar à Microsoft os direitos de uso da marca Nokia em telemóveis tradicionais e certos direitos relacionados com o design. O investimento previsto para a nova empresa é de 500 milhões de dólares nos próximos três anos, e a liderança será entregue a Arto Nummela, um veterano da Nokia que serviu até agora como diretor da unidade de Dispositivos Móveis da Microsoft para a Ásia, Médio Oriente e África.

“A HMD foi fundada para oferecer uma casa focada e independente para um portfólio completo de telemóveis, smartphones e tablets Nokia”, explicou a empresa. A transação com a Microsoft estará completa na segunda metade do ano, e garantem que a HMD tem as licenças globais da marca.

No entanto, não haverá uma ressurreição do sistema operativo Symbian, nem o licenciamento do Windows Phone: a HMD irá colocar Android dentro dos próximos dispositivos da empresa.

O resto dos ativos relacionados que estão na mão da Microsoft foram vendidos à FIH, uma subsidiária da Hon Hai Precision Industries (Foxconn Technology Group). Em causa estão a produção, vendas e distribuição. A HMD e a Nokia Technologies assinaram um acordo de colaboração com a FIH, que dará à HMD total controlo sobre as vendas, marketing e distribuição.

“Vamos estar completamente focados na criação de uma gama unificada de telemóveis e tablets Nokia, que sabemos que irá ter impacto junto dos consumidores”, refere Arto Nummela. Ramzi Haidamus, presidente da Nokia Technologies, sublinha que esta é a abertura de um novo capítulo para a marca finlandesa numa indústria em que continua a ter um nome icónico. Mas em vez de regressar ao fabrico de dispositivos, a deixa isso para a HMD e a FIH.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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