NSA mina o software da Kaspersky

A Agência Nacional de Segurança (NSA) e a britânica GCHQ aplicaram técnicas de engenharia aos softwares de diversas entidades informáticas, nomeadamente, da Kaspersky Labs, com sede na Rússia.

Esta informação foi divulgada por Edward Snowden, sendo que existem questões relativamente à legalidade das operações efetuadas. A engenharia reversa agrega técnicas que visam “desmantelar” determinado software para saber como este funciona, o que permite, também, descobrir as suas fragilidades.

Já em 2008 se verificaram ataques a várias empresas de antivírus por parte das referidas agências de segurança, com a intenção de localizar utilizadores e infringir os protocolos de segurança das redes das empresas. A NSA revelou, inclusive, grande interesse em saber quais as limitações da Kaspersky Labs, bem como em controlar as comunicações entre os computadores e os servidores da empresa.

É comum o ataque a empresas de ciberproteção como a Kaspersky Labs, que desempenha um papel essencial na defesa dos sistema informáticos, travando malwares e possíveis ameaças. É vantajoso para as agências de espionagem, como a NSA e a GCHQ, explorarem os pontos fracos dos antivírus e das demais defesas cibernéticas para poderem, assim, mais facilmente contornar os seus protocolos de segurança e ter acesso aos que está por detrás do escudo informático.

Tal como a Kaspersky Labs, também outras empresas de antivírus se encontram sob o olho atento das agências de espionagem, pelo que o projeto CAMBERDADA apresenta um documento no qual podem ser verificadas quais as empresas que estão a ser seguidas pela NSA e pela GCHQ.

Estes ataques continuam permanentemente a ocorrer para que possam ser detetadas fraquezas nos softwares e para que se possa prevenir a deteção das ações dos serviços americanos e britânicos.

NSA efetua escutas a três presidentes franceses

Foi recentemente revelado, pela Wikileaks, que a NSA realizou, entre 2006 e 2012, escutas a três presidentes franceses. Os Presidentes Jacques Chirac, François Hollande e Nicolas Sarkozy são os nomes em destaque, bem como diversos assessores, embaixadores e ministros.

Ainda que o conteúdo das escutas não revele informação comprometedora, os franceses não têm reagido da melhor maneira face a este acontecimento, afirmando que é intolerável espionagem entre aliados.