Futuro das TI passa pela sua integração em redes

Depois de Nuno Ferraz Carvalho ter, no início do mês de setembro, abandonado a liderança da Cisco Portugal para ocupar o cargo de Global Services Provider Leader da Cisco para a Telefónica, NOS e PT/Oi nas regiões europeia e latino-americana, Laureano González emergiu como diretor geral interino da empresa portuguesa.

Laureano CISCO

Em declarações à B!T, González avançou que, na cadeira de CEO interino, pretende fortalecer o posicionamento da Cisco Portugal enquanto líder nos mais relevantes e dinâmicos ramos de mercado, tais como a Mobilidade, os serviços Cloud e Data Centers, Vídeo e Colaboração. Este reforço, segundo o executivo, integrar-se-á “numa abordagem baseada em arquiteturas”.

O universo das Tecnologias de Informação, disse González, está a ser redesenhado por cinco grandes tendências: a Mobilidade, a Cloud, a Colaboração, o Vídeo e o Big Data. Qualquer uma delas inscreve-se no que hoje chamamos de Internet of Everything, onde incontáveis ligações, que unem pessoas, dados e uma multiplicidade de connected devices, são elemento fomentador de oportunidades de negócio e de progresso, numa intrínseca e substancial reformatação do paradigma das TI, que migram, tendencial e exponencialmente, em direção às redes. “A Cisco encontra-se no centro desta transformação”, afirma o diretor geral interino.

Quando interpelado relativamente à existência de candidatos ao cargo permanente de liderança da Cisco Portugal, Laureano González afirmou que este é um processo moroso, pelo que é necessária a nomeação de um diretor geral interino. O executivo não revelou mais pormenores, alegando que o processo está subjugado à confidencialidade.

Com uma vasta e sólida experiência na área de Produtos e Serviços, González juntou-se à Cisco em 1998, depois de ter deixado a IBM, onde desempenhou uma multiplicidade de funções.

Começando por envolver com um pulso firme o setor de Service Providers para a Península Ibérica, o executivo natural da região galega de Corunha, posteriormente, teve sobre os ombros a gestão do Centro de Excelência de Tecnologias Avançadas EMEAR e o ramo de Advanced Services na Alemanha, na França, no sul da Europa e na Suíça, manuseando, com destreza, um negócio de 140 milhões de dólares que envolvia uma centena e meia de pessoas.

Laureano González, após quase uma década, trocou o setor dos Serviços pela esfera das Vendas, tendo tomado o leme do negócio de telecoms e media da Cisco em Espanha durante dois anos. Numa mais tardia fase, “viajou” até ao campo dos Data Centers do sul de Espanha, onde teve a cargo o lançamento do UCS (Unified Computer System).