Pebble e eu, amigos para sempre

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Quando vi o Pebble pela primeira vez, no pulso de um colega, desde logo tive uma boa impressão. Esteticamente é engraçado, o que quer queiramos quer não, é importante (e não, não é só por eu ser mulher), não é muito grande e nem sequer muito pesado, ao contrário de outros relógios inteligentes, ou “smart”, do mercado.

Mas atenção: este gadget não é propriamente um produto novo, apesar de em Portugal ser relativamente pouco conhecido. O projeto Pebble foi apresentado na plataforma de crowdfounding “Kickstarter” a 11 de abril de 2012 e em apenas um mês conseguiu arrecadar a bela quantia de 10 milhões de dólares. Isto quando inicialmente o promotor, Eric Migicovsky, tinha pedido 100 mil dólares para poder avançar com o projeto. Valor que foi alcançado nas primeiras… duas horas. O modelo básico custa atualmente 150 dólares e pode comprar-se online em https://getpebble.com/. (PS: Se digitarem mal vão parar a um site de “fotografias”…)

Pebble

Ah e tal, mas não se vende em Portugal? Não. Ontem, pelas 17 horas, altura em que escrevia este texto, fui ao OLX e estavam dois à venda: um branco, por 150 euros e outro preto por 180 euros. Mas aconselha a comprar nos Estados Unidos? Se estiver disponível a pagar mais 100 euros pelo relógio, sim. Ah, mas esqueça os dias que o site diz demorarem para que o produto esteja nas suas mãos. Conte com mais uma semana e meia dúzia de chamadas para perceber afinal onde está o seu relógio. Aos 150 dólares tem de somar o transporte (25 euros) o IVA (28,21), mais qualquer coisa como 60 euros que a transportadora (neste caso, a DHL) cobra e que não vem especificado no momento da compra. Feitas as contas – e vá por mim que foi quanto paguei – o relógio custa 110 euros, mais 25 de transporte, mais 28,21 de IVA, mais 60 o que perfez, se a máquina não estiver errada, cerca de 223 euros.

Bem, mas afinal, e o relógio? Depois de ter chegado, apaixonamo-nos. O Pebble vibra e visualiza no display as chamadas recebidas, o objeto e o texto do email (Gmail e todos os endereços Imap), os SMS, as mensagens de iMessage (naturalmente só para iOS), os avisos de calendário, as mensagens de Facebook e Twitter, as condições de tempo, se tem mensagens no Whatsapp… Possibilita, ainda, controlar a reprodução de música e oferece três aplicações já integradas dedicadas a atividades desportivas: bicicleta, corrida e golfe.

Mas muito mais. Já está disponível a loja de apps do Pebble pelo que pode obter qualquer tipo de aplicações. Recordo que este relógio tanto funciona em Android como iOS, o que o distingue consideravelmente dos restantes produtos do mercado.

Mas dá para atender chamadas? Não. O Pebble apenas lhe dá conhecimento que está a entrar uma chamada. Para a atender tem de recorrer ao próprio telefone.

Mas é útil, o Pebble? Sim, depende obviamente do que esperamos do gadget. No meu caso, e estando a usá-lo há cerca de duas semanas, estou bastante satisfeita com o equipamento. Quando estou em entrevistas ou conferência consigo ler perfeitamente as sms e os emails que me enviam. Quando às chamadas, se considerar urgente saio da sala e atendo no telefone. De qualquer forma, não as iria atender naqueles espaços.

Um conselho. Escolha bem as notificações que quer no seu Pebble. É que se colocar os emails, as sms, os Facebook updates, os avisos do Whatsupp, os lembretes de calendário, tudo isso a vibrar constantemente no seu pulso, enquanto não se habituar mais parece que tem problemas motores. É que aquilo vibra…

As especificações técnicas são:

  • Ecrã de 144 x 168 pixels em e-paper branco e preto
  • Bluetooth 2.1+ EDR
  • 4 botões
  • Motor de vibração interna para alertas
  • Acelerador de três eixos com deteção de gestos
  • Compatibilidade com iOS 5.0 e Android 2.3