PHC adapta empresas à nova legislação tributária

Para enfrentar as mudanças na legislação tributária, a PHC desenvolveu uma nova versão do seu software de gestão, permitindo assim que as empresas consigam estar em conformidade com as normas legais em vigor. 

Ceu-Mendonca

Em que consiste exatamente esta nova versão do PHC CS?

A versão 16 do PHC CS surge no seguimento de um conjunto de alterações ao quadro legal decorrentes da aprovação do Orçamento de Estado de 2015 e do despacho 8632/2014 e com o objetivo de otimizar esta nossa solução para continuar a garantir mais e melhores funcionalidades aos nossos clientes. Assim, para além de garantir que as empresas possam cumprir a obrigação legal de comunicar, por via eletrónica, o inventário de existências que as empresas passam a estar sujeitas, existe um conjunto de novas features que foram acrescentadas. Comunicação integrada entre sede e lojas, recuperação automática da última venda, automatização na inserção de documentos e a agilização do suporte informático da declaração periódica de IVA, são, justamente, algumas dessas novas funções.

De que forma é que pode beneficiar as empresas?

As empresas passarão, em primeiro lugar, a ter acesso a um produto que contempla todas as necessidades legais a que passaram a estar sujeitas e, em segundo, a terem a oportunidade de explorar mais algumas funcionalidades que constam do portefólio de competências do PHC CS.

Um dos maiores benefícios vai ser a poupança de tempos significativos na execução de algumas tarefas pelos utilizadores do Software PHC CS, graças a algumas novidades desta versão tais como o preenchimento automático de dados de um cliente ou fornecedor, a partir do preenchimento do NIF; a rapidez na entrega da declaração de IVA a partir do novo monitor “Produção Declaração de IVA” ou ainda a ligação direta e automática aos TPA (terminais de pagamento automático), através da qual o valor da venda é comunicado diretamente ao TPA.

Dado que esta nova legislação obriga a que as empresas que faturem mais de 100 mil euros por ano tenham de entregar mais uma declaração, estará a Autoridade Tributária informaticamente preparada para receber este maior volume de documentos, a nível de armazenamento e processamento?

Nós acreditamos que todas as alterações ao setor que sirvam para melhorar o trabalho da Autoridade Tributária e demais instituições responsáveis são bem-vindas. No que toca à capacidade que a Autoridade Tributária tem ou não para lidar com o que se espera vir ser um volume de documentos ainda maior, não temos dados que nos permitam fazer qualquer leitura. Todavia, estamos confiantes de que todos os interesses das empresas foram acautelados e que todos os potenciais problemas foram identificados previamente. De notar, que nos últimos meses temos assistido a situações similares – como as novas regras para os bens de circulação e que todos estes processos têm corrido da melhor forma.

Tendo em conta que as normas legais só são oficializadas com a entrega do Orçamento de Estado, em outubro, foi um desafio desenvolverem um software como este em relativamente pouco tempo?

A PHC, através dos 25 anos de experiência que tem e da monitorização constante que faz ao setor, consegue ter uma boa capacidade no que toca à antevisão, preparação e desenvolvimento das alterações necessárias aos nossos produtos. Naturalmente que a conceção das mudanças necessárias – para que o nosso software cumpra sempre com as disposições legais – envolve muito trabalho por parte das nossas equipas. No entanto, o grau de maturidade da nossa empresa permite-nos encarar estas mudanças com alguma naturalidade.

Quais as principais dificuldades que a PHC e os seus clientes têm sentido no mercado português?

As empresas estão a adaptar-se bem a todas estas alterações. Como é natural, as mudanças exigem sempre tempos de adaptação e, nesse aspecto, a PHC tem tido a preocupação de ir ao encontro daquelas que são as principais necessidades dos clientes, através da apresentação de versões cada vez melhores dos nossos produtos. Paralelamente, temos apostado em formações para clientes e parceiros, para que estas transições possam ocorrer da forma mais suave possível. Um bom exemplo é o webinar que organizámos no passado dia 14 de janeiro, onde tivemos a oportunidade de esclarecer todos os interessados sobre as questões relacionadas com a comunicação de inventários. Esta sessão contou com mais de 700 participantes. Num mercado tão competitivo como o do software de gestão, não basta só apresentarmos bons produtos, é necessário estar ao lado dos clientes como verdadeiros parceiros de negócio.

As dificuldades são mais acentuadas em Portugal, comparativamente a outros países onde a PHC está presente, uma vez que a legislação muda de país para país e pode causar atrito à implementação de novo software?

De facto, os países têm timings diferentes no que toca às mudanças legislativas. Isso tem a ver com as diferenças de maturidade das economias e dos mercados em que estamos presentes. Diria que Portugal “acordou” recentemente para a necessidade de fazer algumas alterações que têm a ver diretamente com carências que as autoridades políticas encontraram em termos de comunicação e interligação da informação disponível sobre as empresas.

No que toca à gestão informática das empresas portuguesas, quais as principais falhas e quais as áreas que precisam de um maior investimento?

As empresas e entidades têm de ser bem geridas para obterem bons resultados, e para isso é quase obrigatório usarem um bom software de gestão. Embora cada empresa tenha as suas necessidades, há áreas que são transversais. Todas as empresas necessitam de saber em tempo real o seu verdadeiro estado, como a sua equipa está a trabalhar e ter um bom controlo da faturação e dos recebimentos.

Uma solução de gestão é imprescindível para o estudo global da empresa, não só para gerir tudo o que se passa com a mesma, como também para planear os próximos passos. Uma empresa gera muita informação e indicadores importantes para a definição da estratégia. Cabe ao software de gestão organizar esses dados e apresentá-los de uma forma intuitiva. Como tal, somos da opinião que o software de gestão é uma ferramenta simultaneamente para “gerir” e para “investir”.

Quem são os principais parceiros portugueses da PHC?

No caso do negócio do PHC CS, possuímos três grandes gamas: PHC Corporate CS, destinada a micro e pequenas empresas, a PHC Advanced CS, para PMEs, e a PHC Enterprise CS, para empresas de média e grande dimensão. Para estas gamas possuímos uma rede de mais de 400 Parceiros certificados, especializados em cada um destes níveis de parceria.

Todos eles são importantes para cada uma das áreas de negócio e dimensão empresarial onde atuamos, pois não só são os nossos embaixadores no terreno, como são também detentores do know-how para adaptar as nossas soluções a cada cliente.

Ao longo dos últimos anos temos também desenvolvido parcerias tecnológicas que nos permitem apresentar soluções integradas com o Software PHC, que acrescentam valor e apresentam soluções chave na mão em áreas como hardware, retalho, lojas online ou pagamentos automáticos, para referir apenas algumas. Temos mais de 100 soluções disponíveis no portal ExtraPHC, suportadas por um conjunto de mais de 50 parceiros tecnológicos.

Que projetos tem a PHC em mente para os próximos tempos?

 Os projetos da PHC são muitos e têm sempre em linha de conta as necessidades e tendências do mercado. Temos uma preocupação constante com aquilo que é a evolução do mundo tecnológico. Identificamos tendências importantes tais como Velocidade, Experiência, Empresa Social, Big Data e Cloud. É com base nestas tendências que desenvolvemos os projetos de software. Podemos sublinhar duas que tecnologicamente têm um impacto mais visível.

A área do Big Data é claramente uma dessas áreas. Esta tendência está a abrir mais uma oportunidade no mercado de software de gestão, ao qual urge dar resposta. Está a tornar-se obrigatório que os ERPs ofereçam análises cada vez mais rápidas e completas. O grande volume de informação e o facto de os dados estarem dispersos apresentam-se como os principais desafios para que tal aconteça. O desafio está pois em encontrar a informação certa e relevante para ajudar ao processo de decisão rápido e sustentado. É por isso que uma boa ferramenta de Business Analytics é hoje em dia essencial. Estamos a desenvolver um importante trabalho nesta área.

A Cloud é também uma tendência que ganha cada vez mais força. A adopção do mercado das PMEs a tecnologias de cloud computing tem crescido a um ritmo muito acelerado, com o conceito a estabelecer-se como prioritário para as empresas. Muitas PMEs já estão a fazer a migração das suas soluções para a cloud. Sobretudo, está a crescer bastante o conceito de SaaS com base na Cloud, pois os preços são muito convidativos e os benefícios imensos. Os gestores têm grandes vantagens neste tipo de soluções, pois podem pagar apenas o que usam, reduzindo o desperdício e adaptando os custos à dimensão da empresa. Assim não têm de ficar preocupados com o suporte técnico, que fica do lado do fornecedor, tal como a instalação, a manutenção, a segurança, a confidencialidade e os backups. Mesmo assim, há muito para evoluir na “nuvem”, e o ritmo está a acelerar constantemente, sendo necessário acompanhá-lo. Mas pensamos que, em termos de futuro, há uma grande probabilidade de aumentar a adoção de cloud. Foi a pensar nisso que lançamos em 2009 o PHC FX, um sistema de gestão 100% cloud. Este é um dos projetos a que nos dedicamos afincadamente. Todas as outras tendências estão também presentes no ADN do software que desenvolvemos.

Paralelamente estamos também focados na internacionalização. Há novas geografias onde estamos a apostar, como é o caso de alguns mercados da LATAM, pois acreditamos que também aí conseguiremos ajudar as empresas a serem mais produtivas, com a ajuda das nossas soluções de gestão. Mantemos também a aposta crescente nos países onde já atuamos, nomeadamente Espanha e PALOP.

Quais são os principais concorrentes da PHC em Portugal? Constituem ameaças ao negócio?

A abrangência das soluções que a PHC disponibiliza em Portugal faz com que não seja fácil identificar logo à partida um ou outro concorrente direto. Isto é: temos soluções concebidas para Startups, bem como soluções pensadas especificamente para grandes empresas e multinacionais, e ainda soluções para PME, adaptáveis a qualquer setor de atividade – o que significa que em alguns desses segmentos a concorrência não é a mesma. No entanto, tal como em todos os mercados, é claro que temos concorrente e ameaças ao nosso negócio, e estão bem identificados. Mas temos uma equipa de mais de 150 colaboradores que todos os dias inovam para continuarmos a oferecer aos nossos mais de 120 mil utilizadores novas e melhores soluções.