Plataforma de IA da FICO vai ser integrada pela iboss Cybersecurity

A parceria entre as empresas disponibilizará a Cyber Analytics da FICO como parte da plataforma de segurança web em nuvem da iboss para evitar violações de malware e perda de dados. As empresas vão, também, criar score de ameaças cibernéticas.

O software de analytics da FICO, baseado em inteligência artificial, passará a fazer parte da plataforma de segurança na nuvem da iboss Cybersecurity. O acordo, anunciado na segunda, 26, tem como objetivo reduzir o tempo de detecção de ataques, incluindo novas ameaças ou ataques de dia zero. Segundo comunicado da FICO, a sua plataforma Cyber Analytics é capaz de identificar ameaças atípicas em “milésimos de segundo, utilizando perfis de transação em tempo real e modelos de autoaprendizagem”. Funciona de maneira similar à solução de fraude de cartões de crédito da FICO para o mercado financeiro, que diariamente monitoriza milhões de transações em todo o mundo.

As empresas propuseram-se a criar um score de ameaça cibernética que medirá a possibilidade de infecção por malware e violação de dados.

“Através do score de ameaça cibernética, os clientes da FICO e da iboss serão capazes de quantificar, com exatidão, as ameaças e remediá-las em tempo real, a fim de interromper os ataques e a perda de dados antes que ocorram”, garantem as empresas em comunicado.

Os dados são frequentemente roubados em minutos ou horas após a invasão, mas um levantamento do Instituto Ponemon, realizado em 2015, constatou que o retalho leva em média 98 dias para detectar uma ameaça avançada, enquanto que as instituições de serviços financeiros podem levar até 6 meses. Os ciberataques custaram às empresas aproximadamente 400 mil milhões de dólares em 2015, sem contar com o desgaste da confiança dos clientes. 

“O malware transforma-se rapidamente para fugir às defesas mais comuns, e com as nossas tecnologias combinadas, somos capazes de adaptar-nos rapidamente, para detectar o que os outros sistemas deixam escapar, incluindo ataques que mascaram a comunicação usando o software TOR, como o malware trojan Zeus64 e o ransomware Locky”, explica Peter Martini, presidente da iboss Cybersecurity. Doug Clare, vice-presidente de soluções de cibersegurança da FICO, detalha que os cientistas de dados da empresa “detêm mais de 100 patentes relacionadas a analytics de comportamento em tempo real para a detecção de ataques, cuja eficiência já foi fortemente comprovada em instituições financeiras e de telecomunicações”.