Ransomware em dispositivos móveis triplicou no primeiro trimestre de 2017

O relatório “Desenvolvimento de ameaças de computador no primeiro trimestre de 2017” da Kaspersky Lab mostra que as ameaças de ransomware cresceram em todos os dispositivos, sistemas e redes durante o primeiro trimestre, tendo aumentado 3,5 vezes na área mobile.

A empresa de cibersegurança refere que existem 11 novas famílias de trojans e que foram detetados 218,625 ficheiros de ransomware móvel durante o trimestre, em comparação com 61,832 no trimestre anterior.

O ransomware Congur registou um grande aumento, com 86% das tentativas de infecção a serem desta familía. Este malware é um bloqueador que configura e restabelece o PIN do dispositivo (código de acesso) fornecendo direitos de administrador ao cibercriminoso, tornando quase impossível a sua remoção.

O Trojan-Ransom.AndroidOS.Fusob.continua a ser o mais amplamente usado, representando quase 45% de todos os utilizadores atacados. Uma vez executado, o trojan solicita privilégios de administrador, recolhe informações sobre o dispositivo, incluindo coordenadas GPS e histórico de chamadas, e carrega os dados em um servidor do hacker. 

“O panorama de ameaças móveis para ransomware estava longe de ser calmo no primeiro trimestre. O ransomware que atinge dispositivos móveis subiu, com as famílias novas de ransomware e as modificações que continuam a proliferar. As pessoas precisam ter em atenção que os atacantes podem – e cada vez mais – tentar bloquear o acesso aos seus dados não apenas num PC, mas também no dispositivo móvel”, referiu Roman Unuchek, analista sénior de malware da Kaspersky Lab.

Ainda durante os três primeiros meses do ano, as soluções Kaspersky Lab detectaram 479.528.279 ataques maliciosos a partir de recursos online localizados em 190 países em todo o mundo. Cerca de 79.209.775 URLs únicos foram, também, reconhecidos como mal-intencionados pelos componentes antivírus da web. Além disso, houve tentativas de infecção por malware que visam roubar dinheiro via acesso on-line a contas bancárias em 288 mil computadores.

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