Rede 4G poderá chegar ao limite da capacidade em até três anos

A Amdocs, fornecedora de soluções de experiência do cliente, divulgou hoje uma pesquisa sobre tráfego móvel que mostra que a crescente procura de dados poderá esgotar a capacidade dos hotspots da rede 4G/LTE nos próximos dois a três anos.

A conclusão baseia-se  numa ampla pesquisa, que faz parte do relatório anual State of the Radio Access Network (RAN), que analisou mais de 25 milhões de conexões de voz e dados nos locais de rede mais movimentados em todo o mundo nos últimos 12 meses.

De acordo com a Amdocs, o resultado destaca a urgência com que os prestadores de serviços precisam de desenvolver uma estratégia de capacidade de “dados inteligentes”, que dê prioridade ao investimento onde haja um retorno sobre o investimento (ROI) garantido, alocando automaticamente a capacidade para maximizar a experiência e o lucro do cliente.

“O nosso estudo mostra que os prestadores de serviços enfrentam um desafio multidimensional – proporcionar cada vez mais capacidade de rede, cobertura e qualidade, especialmente em hotspots para dispositivos móveis. A resposta já não é mais simplesmente adicionar hardware, mas introduzir soluções inteligentes para priorizar os investimentos e alocar automaticamente os recursos para maximizar a experiência e o lucro do cliente” – Rebecca Prudhomme, vice-presidente de produtos e soluções de marketing da Amdocs.

O foco do estudo deste ano foi em áreas com alta penetração de smartphones – centros das cidades e em alguns dos principais eventos mundiais em estádios. Estes hotspots de redes de acesso via rádio (RAN) estão a ficar mais populares à medida que proliferam os smartphones e outros dispositivos sem fios, e os consumidores aproveitam as novas tecnologias como 4G/LTE.

Entre as conclusões do relatório, destacam-se:

  • 20% dos locais de maior acesso são responsáveis por 80% de todo o tráfego de rede nas cidades.
  • 80% das quedas das chamadas de voz e mais de 50% dos problemas de rendimento com dados são originários das redes de acesso via rádio (RAN).
  • 80% dos dados são utilizados por apenas 10% dos assinantes – os “technorati”, segmento de heavy users que consome até 10 vezes mais dados por sessão que o utilizador médio.
  • Durante eventos desportivos e de entretenimento ocorrem aumentos de até 50% na procura de dados móveis, por conta das redes sociais e “segundos ecrãs”. Foi o que aconteceu no Mundial de Futebol, quando os espectadores atingiram 26,7 TB de tráfego nos seus dispositivos móveis. Já as chamadas de voz costumam cair até 50% durante os eventos, pois os fãs concentram-se na ação.
Jocelyn Auricchio

Atua como jornalista especializado em tecnologia há mais de 20 anos, escrevendo para as maiores empresas de mídia do Brasil, como Editora Abril e Jornal O Estado de São Paulo. Além de foco em cobertura B2B e B2C, tem especial interesse nos bits e bytes do mundo hacker. Entusiasta por tecnologia desde que conseguiu formular as primeiras frases, está em busca de um mítico notebook para jogos com grande autonomia de bateria. Acredita em café bom, chocolate amargo e comida decente.

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