Sage: independência motiva 40% dos jovens empresários portugueses

Os jovens empresários são motivados pelo desejo de independência, pela crença no bem social e pelo compromisso em manterem os seus colaboradores felizes. Estas são algumas das conclusões do estudo “Walk with Me”, da tecnológica Sage.

O estudo da Sage analisou as principais características, atitudes e comportamentos dos empreendedores da geração Millennial em todo o mundo, incluindo Portugal.

Quando inquiridos sobre o motivo que os levou a criar um negócio, os jovens empresários portugueses são principalmente orientados pela vontade de obter independência, motivo referido por 40%. Também é importante tornar uma ideia de negócio em realidade, para 25%. Deixar um legado de que as pessoas se lembrem (70%) e fazer o bem (69%) são duas grandes motivações destes empresários.

Outras conclusões do estudo mostram que os inquiridos na Suíça (24%), Austrália (20%) e França (19%) dizem que a felicidade dos seus colaboradores é o que os faz levantar da cama pela manhã – quanto a Portugal, o principal motivo é o sucesso do seu negócio (35%), seguido do gosto pelo seu trabalho (20%) e pela satisfação dos colaboradores (14%). Já a vontade de fazer muito dinheiro e reformar-se cedo (10%) surge apenas como quarto motivo.

59% dos portugueses acredita que irá iniciar mais do que um negócio no decorrer da sua vida – sendo o principal motivo terem muitas ideias para pôr em prática (50%). Quanto ao entusiasmo pelo negócio, 93% afirma sentir a mesma satisfação de quando começou – dos 7% que afirmam estar desmotivados, culpam principalmente os processos burocráticos.

Os jovens empresários da geração Millennial estão a agitar o mercado económico e empresarial. Estão a rejeitar os padrões de trabalho estabelecidos e têm tornado a tecnologia útil e indispensável ao seu negócio”, comenta Maria Antónia Costa, country manager da Sage Portugal. “Estes jovens olham para os negócios através de uma nova perspetiva e estão dispostos a trabalhar arduamente para o sucesso. Mas, ao mesmo tempo, procuram ter flexibilidade para decidir como, quando e com quem fazem negócio.”

Apesar das variações existentes nos comportamentos desta geração entre os vários países, o estudo mostra que estes líderes de negócio têm determinadas características que os classificam em cinco tipos de personalidades no local de trabalho:

  • Os Planificadores – metódicos na sua abordagem de trabalho, gostam de planear o sucesso de forma cautelosa. Numa perspetiva ambiciosa, nunca acreditam que as coisas são o que parecem e fazem sempre muitas perguntas.
  • Os Tecnológicos – adoram o que fazem e não suportam a ideia de estarem sentados de braços cruzados, acreditam no poder e eficiência da tecnologia inovadora para se manterem um passo à frente da concorrência. Acreditam fortemente nas suas capacidades para rastrear com precisão os seus clientes atuais e os futuros.
  • Os Exploradores – ousados, adoram o desconhecido, bem como descobrir territórios inexplorados. Confiam nos seus instintos e mantém-se fiéis às suas armas. Para eles, uma imagem moderna é de extrema importância, porque deixa um legado que todos irão recordar.
  • Os Realistas – criativos, mas confiam na tecnologia com vista ao sucesso. Quanto à sua abordagem ao trabalho e à tomada de decisões, tendem em alternar entre o instinto e abordagens mais metódicas.
  • Os Aventureiros – aborrecem-se facilmente e estão sempre em busca do próximo desafio, não se preocupam nada com as aparências. Trabalham melhor entre outros e acreditam que o impacto social é sobrevalorizado.

Quanto ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, 75% dos jovens empreendedores portugueses valoriza a vida pessoal em vez do trabalho. Também em Espanha (79%), Singapura (73%) e Brasil (71%) reduzir o tempo de horas no trabalho e sair cedo é um fator indispensável.

Quando questionados sobre os principais fatores que influenciam o bom desempenho do negócio, as opiniões dividem-se, enquanto 32% diz ser a tecnologia utilizada, simples e fiável, 28% admite serem as pessoas inseridas numa equipa de confiança.

“Os empresários Millennials desempenham um papel importantíssimo na economia start-up e estão a moldar os locais de trabalho atuais a um grande ritmo,” explica Stephen Kelly, CEO da Sage. “Mas não podem ser agrupados juntos como um estereótipo homogéneo. A nossa pesquisa mostra que eles se focam em campos com esperanças, receios e preocupações e formas de trabalhar específicas. Estes jovens serão a nossa próxima geração de criadores de negócios, os heróis da economia, e perceber o que os move agora coloca-nos numa boa posição para o futuro. Isto aplica-se essencialmente às pessoas que querem fazer negócio com eles, adquirir algo deles, contratá-los ou criar políticas que os ajudem a crescer.

Os países envolvidos no estudo foram Portugal, Brasil, Austrália, Bélgica, Singapura, Suíça, EUA, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, África do Sul, Canadá, Irlanda, Nigéria e Polónia.