Samsung, HTC e Xiaomi sob o escrutínio de Taiwan

A Comissão Nacional de Comunicações de Taiwan revelou hoje que 12 marcas de smartphones violam a privacidade dos seus utilizadores. Os fabricantes em questão, entre os quais está a chinesa Xiaomi, podem ser alvo de coimas ou de proibição de venda dos dispositivos no mercado de Taiwan, caso não atendam às falhas apontadas pela entidade reguladora.

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O governo da Formosa (nome com o qual os portugueses e os espanhóis batizaram a ilha de Taiwan) deu início à reforma das normas de privacidade um par de meses após os media terem comunicado que os smartphones da Xiaomi, uma das mais ferozes rivais da Samsung na China, estariam a enviar indevidamente informações dos utilizadores para os seus servidores na sua sede em Pequim.

O vice-presidente da Comissão Nacional de Comunicações de Taiwan, Hsiao-Cheng Yu, optou por não revelar os nomes das empresas sob escrutínio, afirmando apenas que alguns dos smartphones permitiam que os respetivos fabricantes recolhessem dados dos seus utilizadores sem o devido consentimento. Não obstante, Hisao-Cheng Yu afirmou que os resultados da investigação serão divulgados dentro de algumas semanas.

Segundo dados da consultora IDC, smartphones da Apple, da Samsung e da HTC figuraram entre os cinco mais vendidos no mercado de Taiwan no terceiro trimestre, tendo a Xiaomi dito que os seus dispositivos estavam entre os 12 mais populares na região.

Yu disse que, numa primeira fase, o governo vai contactar as empresas e pedir que estas modifiquem os seus dispositivos de forma a adequarem-se à legislação em vigor. Caso esta ação não surta o efeito pretendido, a CNC aplicará coimas de até 6,43 milhões de dólares às empresas transgressoras, ou proibirá a venda dos aparelhos no mercado de Taiwan.

Tanto a Samsung, como a Xiaomi e a HTC afirmaram que não haviam recolhido ilegalmente informação respeitante aos utilizadores dos seus smartphones, visto que a privacidade dos mesmos é uma prioridade.