Será o Android ainda um sistema operativo realmente aberto?

Um investidor da Benchmark Capital acusou o colosso tecnológico de estar a “fechar” o seu sistema operativo. Mitch Lasky acredita que é preciso criar uma versão alternativa do Android, sobre a qual a Google não tenha tanta influência.

Membro da firma Benchmark Capital, Mitch Lasky considera que o pulso de ferro da tecnológica de Mountain View está cada vez mais a restringir os movimentos do Android.

Conta o Business Insider (BI) que recentemente a Benchmark Capital liderou uma ronda de investimentos de cerca de 80 milhões de dólares na Cyanogen, uma jovem empresa que está a procurar desenvolver um sistema operativo semelhante ao Android, com a diferença de que esta versão visa atenuar o jugo da Google.

Lasky diz que, no início, a proprietária do maior motor de busca do mundo conseguiu conquistar as operadoras móveis com promessas de um sistema operativo que seria continuamente aberto. Consta que as operadoras receavam que o Android se tornasse dominante e que a Google levasse os utilizadores a optarem pelos seus próprios serviços de comunicação online. O investidor afirma que apesar de o Android ter sido criado para permitir que as operadoras móveis concebessem as suas próprias lojas de aplicações e serviços cloud, o crescimento deste sistema operativo tem sido diretamente proporcional ao crescendo da preponderância da Google.

Lasky defende que esta divergência do caminho previamente desenhado pela Google deriva do facto de a tecnológica não ter antecipado o poder das apps em matéria de pesquisa, o que colocou na corda bamba a utilidade de um motor de busca como o Google.

Como resposta, segundo o investidor, a Google decidiu que para poder ter acesso a algumas das funcionalidades nucleares do seu Android, as operadoras teriam que, por exemplo, definir o seu motor de busca como standard nos smartphones que comercializam.

Citado pelo BI, Mitch Lasky denota a grande adoção que têm tido na China os telemóveis com SO Android que não esteja completamente vinculado à Google, acrescentando que poderá existir um mercado rentável para estas versões do software.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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