Symantec aponta queda de 73% nos ataques de trojans financeiros

A Symantec, empresa de segurança da informação, analisou centenas de amostras de cavalos de Troia financeiros ao longo do ano. O objetivo da pesquisa foi mapear as principais ameaças feitas ao setor financeiro e seus clientes em 2015.

O estudo, que contou com 656 amostras de malwares ativos, identificou mais de dois mil padrões de URLs, cujos alvos foram os clientes de 547 organizações em 49 países. Os Estados Unidos continuaram a ser o maior alvo de cavalos de Troia financeiros em 2015, com 141 instituições atacadas, seguidos pela Alemanha e Índia.

De acordo com a Symantec, os motivos da queda dos trojans devem-se, parcialmente, a prisões de cibercriminosos e à própria eficácia de diferentes famílias do malware. Considera-se também que alguns grupos de hackers parecem ter migrado recentemente para o ransomware, que bloqueia o dispositivo e pede resgate pelas informações.

Além desses fatores, segundo a Symantec, os softwares de segurança têm aumentado a sua capacidade, por exemplo, em deteção proativa, impedindo utilizadores de visitar sites infetados ou descarregar arquivos suspeitos. Esse aumento da prevenção leva inevitavelmente a menos deteções de vírus em computadores. Portanto, o número real de tentativas de contaminação com cavalos de Troia para fraude financeira provável é muito maior do que a quantidade de infeções reais.

Outro facto importante é que o número médio de organizações atacadas em 2015 foi de 93, por amostra. Isso representa um aumento de 232% sobre o ano anterior, o que indica que cada uma das amostras individualmente procura mais eficácia. O maior alvo no ano foi um banco situado nos Estados Unidos: atacado por 78,2% dos cavalos de Troia analisados.

O alvo agora são as instituições financeiras, que começam a ser atacadas diretamente. Essa é uma tendência que se tornou evidente ao longo de 2015. Exemplos disso podem ser vistos nos ataques do grupo Carbanak e na recente invasão do Banco de Bangladesh, que, segundo informações da imprensa, teve perdas estimadas em torno dos 100 milhões dólares.