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Tango procura investimento no serviço de mobile messaging

A empresa de mobile messaging Tango está a delinear um negócio que deverá valer-lhe uma avaliação de 1,5 mil milhões de dólares, através de um investimento indireto que aumentará o seu valor em um terço relativamente àquele que registava há somente cinco meses.

De acordo com pessoas próximas dos assunto, o negócio implicaria que investidores e acionistas da Tango vendessem as suas ações a Len Blavatnik, o multimilionário que comprou o Warner Music Group por 3,3 mil milhões de dólares em 2011, e que procura adquirir uma maior participação na empresa fornecedora de serviços móveis de mensagens.

Blavatnik investiu pela primeira vez na empresa em 2011, altura em que liderou uma vaga de investimentos no valor de 42 milhões de dólares que colocou a Tango na categoria dos 160 milhões de dólares.

Os informadores, contudo, avançaram que não existe ainda qualquer acordo concreto, e é ainda incerto quantos investidores estariam dispostos a abdicar das suas ações na Tango. Segundo consta, a acontecer, o negócio envolverá dezenas de milhões de dólares em ações da Tango.

A empresa, em julho, permitiu que duas centenas de empregados vendessem ações, angariando oito milhões de dólares.

Com uma base de utilizadores registados que ultrapassa os 200 milhões, a Tango está entre os serviços de mobile messaging com mais rápido crescimento. Tornou-se evidente que estas plataformas beneficiariam de um exponencial crescimento quando em fevereiro o Facebook revelou que despenderia de 19 mil milhões de dólares para comparar a aplicação WhatsApp.

Semanas volvidas, a Tango, através de um investimento direto liderado pela gigante chinesa do comércio eletrónico Alibaba, angariou 280 milhões de dólares, avaliando a empresa em 1,1 mil milhões de dólares.

Empresas tecnológicas lucrativas e dinâmicas têm vindo a conseguir potenciar o seu valor de mercado de uma forma bastante rápida, visto que os  investidores caçam avidamente porções de empresas com grande e rápido crescimento e que não demonstram qualquer necessidade de irem a público.

Procurar investimentos indiretos pouco tempo após uma ronda de financiamento é já uma prática corrente para os lados de Silicon Valley, visto que cada vez mais as empresas procuram manter-se privadas pelo maior tempo possível.

A Tango tem vindo a cimentar as suas ligações à esfera do entretenimento, enquanto se esforça por expandir o seu serviço, assemelhando-o a uma rede social, através da qual os utilizadores podem aceder a músicas, vídeos e jogos.

A empresa, no ano passado, conquistou uma parceria com a Spotify, uma plataforma de streaming de música. O negócio permitiu à Tango integrar no seu serviço o portfólio de músicas da parceira.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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