Telecom Italia não quer mais conversa sobre venda da TIM

O presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse que não há no momento nenhuma oferta ou discussão sobre uma eventual venda da TIM Participações e disse que a operadora pretende aumentar os investimentos no Brasil, avançou a Reuters.

Tim Brasil“Nunca vi uma situação em que uma companhia que estaria sendo fechada vai aumentar os investimentos”, disse o executivo a jornalistas em Brasília, após reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo o executivo, neste ano os investimentos da TIM no Brasil devem somar cerca de 4 mil milhões de reais e superar os 11 mil milhões de reais entre 2014 e 2016.

Ao mencionar que o mercado brasileiro de banda larga móvel é promissor, Patuano disse que a TIM tem interesse em novas frequências, “no dia em que estiverem disponíveis”, sinalizando que a empresa pode participar do leilão de banda larga de quarta geração (4G) previsto para este ano.

Às 11h43 de terça-feira, as ações da TIM exibiam alta de 2,83 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava oscilação positiva de 0,08 por cento.

Há meses o mercado especula sobre a possibilidade da TIM vir a ser dividida entre as suas concorrentes no Brasil, depois da Telefónica acertou acordo no ano passado para aumentar a sua participação no grupo de controlo da Telecom Italia.

O órgão antitrust brasileiro, o Cade, disse em dezembro que a Telefónica terá que vender a sua participação na TIM ou buscar um novo parceiro para a Vivo, sua operadora de telefones móvel no Brasil.

O presidente da Telecom Italia também afirmou nesta terça-feira que não há conversas para uma possível fusão entre a TIM e a GVT, unidade no Brasil da francesa Vivendi, mas ele ressaltou que as duas empresas possuem operações complementares.

“A TIM é uma companhia muito boa que faz telefonia móvel e todo mundo sabe que a GVT é uma ótima companhia que faz telefonia fixa. Então, tem a possibilidade de se fazer uma especulação de que isso seria uma combinação ótima, porém nesse momento não estamos a falar”, disse Patuano.