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Telefónica nega intenção de dividir TIM Brasil

A Telefónica, empresa que controla a Vivo no Brasil, negou que esteja envolvida numa negociação conjunta para comprar a TIM Brasil, lado a lado com as concorrentes Claro e Oi. 

Especulava-se que a empresa estaria a formar uma aliança para viabilizar a compra da TIM Brasil, que ocupa o segundo lugar no mercado brasileiro, atrás da Vivo.

“A Telefónica gostaria de esclarecer que não faz parte de qualquer tipo de veículo e não tem detalhes de qualquer tipo de transação potencial para divulgar ao público para a avaliação de mercado”, afirmou a empresa de telecomunicações, em comunicado ao órgão regulador do mercado de ações da Espanha.

Na semana passada, o jornal italiano Il Sole 24 Ore noticiou que a oferta conjunta estaria sendo preparada pela empresa espanhola. Segundo o periódico, a Telefónica trabalhava internamente para revelar a oferta até o final de janeiro.

A Telefónica enfatizou que não teve qualquer contacto com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre um possível acordo com seus concorrentes. A empresa é dona de 15 por cento da Telecom Italia através da holding financeira Telco, e no ano passado anunciou que irá assumir progressivamente as participações dos seus parceiros na Telco.

Indiretamente, o investimento na Telco deu à Telefónica poder sobre a TIM Brasil. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não permitiu que a Telefónica controlasse duas grandes operadoras no país e determinou, em dezembro, que a empresa vendesse sua fatia na TIM Brasil ou procurasse um novo sócio para a Vivo.

Existe um conflito interno de interesses entre Telefónica e Telecom Italia. Enquanto a espanhola acredita que a Vivo é imprescindível na sua estratégia global, a italiana não quer abrir mão da TIM Brasil pelo mesmo motivo.

A possível compra da TIM Brasil valorizou as ações das empresas que negociam os seus papéis na Bovespa: a Oi teve valorização de pelo menos dez por cento. As ações da TIM Brasil também registraram alta de 6,27 por cento. A América Móvil, controladora da Claro e da Embratel, não tem ações negociadas na bolsa de valores do Brasil.

Jocelyn Auricchio

Atua como jornalista especializado em tecnologia há mais de 20 anos, escrevendo para as maiores empresas de mídia do Brasil, como Editora Abril e Jornal O Estado de São Paulo. Além de foco em cobertura B2B e B2C, tem especial interesse nos bits e bytes do mundo hacker. Entusiasta por tecnologia desde que conseguiu formular as primeiras frases, está em busca de um mítico notebook para jogos com grande autonomia de bateria. Acredita em café bom, chocolate amargo e comida decente.

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