Tesla Motors agrava prejuízos no segundo trimestre

Os prejuízos agravaram-se de 184,2 milhões no ano passado para 293,2 million neste trimestre, cerca de 2,09 dólares por ação. Foi um movimento contrário ao volume total de negócios da Tesla Motors, que subiu 33% para 1,27 mil milhões.

As perdas neste período deveram-se ao aumento dos investimentos nas fábricas de carros e baterias, essenciais para a entrega dos modelos pré-reservados. Já na segunda metade do ano, o plano é entregar 50 mil novos carros, Model S e Model X. No trimestre passado as coisas não correram bem – a empresa falhou o alvo de entregas a que se tinha proposto.

A preparação para o Model 3 exigirá ainda em 2016 um total de investimento de 2,25 mil milhões de dólares. Será uma missão difícil: o carro, que está previsto para 2018, bateu todas as expectativas de pré-reservas e a empresa terá de decuplicar a sua produção em dois a três anos.

O diretor financeiro Jason Wheeler disse, na conferência com analistas, que se estas entregas decorrerem sem problemas a Tesla Motors poderá tornar-se rentável este ano, antes de impostos. A primeira e última vez que a marca teve lucros foi em 2013.

“Estivemos no inferno da produção nos primeiros seis meses do ano”, admitiu Elon Musk. “Foi um inferno. E conseguimos sair dele a partir de junho e agora a linha de produção está a funcionar e a maioria dos nossos fornecedores resolveram os problemas.”

A empresa planeia também abrir novos stands, um a cada quatro dias em várias cidades, incluindo Cidade do México, Taipé e Seoul.

Entretanto, foi concretizada a compra da SolarCity, em que Musk é o principal acionista, por 2,6 mil milhões de dólares. A ideia é “casar” dois modelos de negócio que apostam em energias limpas, apostando em painéis solares e outras soluções de eficiência energética. Musk disse que a combinação das empresas permitirá poupanças de 150 milhões de dólares por ano sem grandes aumentos de capital, algo que os analistas ainda querem esperar para ver.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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