Uber quer investir mais de mil milhões na China

A Uber está a planear investir mais de mil milhões de dólares na China este ano. Com esta jogada, a empresa norte-americana quer potenciar o seu crescimento no maior mercado de smartphones do mundo.

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O fundador e diretor executivo do serviço de transportes digital, Travis Kalanick, comunicou aos investidores, segundo o Financial Times, que o mercado chinês estava no topo da lista de prioridades da Uber, e que eram registadas cerca de um milhão de viagens por dia no país através da aplicação.

Apesar do austero escrutínio a que se tem sujeitado na China, a Uber, naturalmente, vê na segunda maior economia do mundo um grande potencial de crescimento. Diz a Reuters que na comunicação feita aos seus investidores, a empresa referia que faz tenções de expandir o serviço a mais 50 cidades chinesas ao longo do próximo ano. A empresa opera agora em onze cidades.

Kalanick acredita que a China poderá afigurar-se como um mercado mais fértil do que os Estados Unidos, a sua terra-natal. Contudo, o CEO mostrou estar ciente de que o mercado chinês tem as suas peculiaridades e que precisará de batalhar para vingar no país.

A China não é a maior fã de empresas estrangeiras que queiram reclamar um pedaço do seu mercado, nomeadamente as originárias do setor tecnológico. No entanto, se o leão for devidamente amansado, ou seja, se as parcerias e os investimentos certos forem realizados, as autoridades reguladoras poderão ficar mais recetíveis à entrada de entidades estrangeiras no mercado do país.

Mas as autoridades reguladoras não são a única fera com que a Uber tem de se preocupar. O serviço Didi Kuaidi, o congénere chinês do norte-americano, domina o segmento e é apoiado pelos colossos tecnológico locais Tencent e Alibaba.

Consta que a Uber vai realizar um a angariação de fundos no próximo dia 22 de junho para muscular as suas operações chinesas.

Contactada pela B!T, a Uber diz que não comenta acerca de investimentos.