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Uma em cada quatro PME nacional não apresenta uma estratégia digital

Realizado entre os meses de março e abril de 2018 junto de directores, quadros superiores e técnicos de 1.508 PME de seis grandes sectores de actividade, 44% das quais com menos de 10 trabalhadores, verificou-se que uma em cada quatro (26%) empresas não apresenta uma estratégia digital; 37% são principiantes, ou seja, fazem alguma comunicação para divulgação de eventos ou produtos de forma não organizada ou sistemática; 16% não vão além do estado elementar (têm consciência do potencial digital e social, mas têm dificuldade na realização de campanhas, muito por falta de pessoal especializado); 10% encontram-se no estado intermédio (usam um leque mais alargado de canais) e apenas 6% se situam no estado avançado, com menos ainda, 5%, numa fase proficiente, ou seja, com tecnologias sociais e digitais integradas nos processos de negócio.

O domínio do e-mail

Inquiridas sobre os canais digitais mais usados, a esmagadora maioria (91%) elege o e-mail, usado diariamente ou semanalmente para atividades de marketing. Uma também maioria (62%) nunca usou o Instagram, 73% não utilizam o Twitter e 55% nunca usaram o YouTube.

Ao todo, 80% das PME encontram-se nos graus mais baixos de maturidade na utilização de canais sociais e digitais, tendo como objetivos a divulgação através de e-mail, o uso do website como uma montra e aumentar a presença e visibilidade. O que se traduz na utilização ineficiente de canais, em ações esporádicas e não-sistemáticas de comunicação de eventos ou produtos, sem grandes objetivos de negócio e sem uma medição. Para as restantes (20%), a minoria, estes meios servem para potenciar a rede e crescer, potenciar comercialmente canais digitais e sociais, assim como integrar a tecnologia na organização, interna e externamente.

Mas nem todos os setores de atividade são iguais. Agricultura e pescas (2%), construção (8%) e indústria e energia (29%) são os setores onde é menor a maturidade digital. No reverso da medalha encontram-se o setor dos serviços (35%), comércio (23%) e outros (2%), este último composto por empresas da área da saúde, TI, software, eletrónica, telecomunicações, educação, etc.

O tamanho das empresas é também aqui importante. De facto, este retrato permite confirmar que as PME com maior número de empregados têm um nível de maturidade superior, isto porque apresentam melhor performance essencialmente em duas dimensões: nos recursos humanos e na análise.

João Miguel Mesquita

Desde 1998 que está diretamente ligado às TI. Tendo desenvolvido a sua atividade profissional em projetos como Portugalmail, IOL (Grupo Media Capital), Terravista (Grupo T -Deutsche Telekom) , e Jornal Digital do Norte. Estudou Direito na Universidade Autónoma de Lisboa. É COO e Editor-inChief do Grupo Netmediaeurope/America no Brasil e Portugal. Gestor de projetos e-business, e editor. É um entusiasta do impacto das TI nas industrias criativas.

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