Vodafone em recuperação na Europa

As expectativas faziam crer que os números do último relatório do Grupo Vodafone não seriam animadores, no entanto, os valores apontam para uma recuperação estável. Espanha e Itália estão entre os mercados com maior quebra.

File photo of a worker replacing fluorescent lights on a Vodafone billboard in New Delhi

No último trimestre, o Grupo Vodafone alcançou cerca de 14 mil milhões de euros, com um crescimento de 13,5 por cento, valores que apontam para um balanço mais positivo do que o inicialmente esperado. As previsões para as receitas do último trimestre pareciam não corresponder às expectativas e antecipavam uma queda nos valores. Contudo, os resultados revelam que a estratégia da empresa para melhorar a receita, deu frutos.

Em relação ao ano anterior, o Grupo Vodafone registou uma queda de 0,4 por cento, no terceiro trimestre de 2014, resultados mais positivos do que os verificados em relação à descida de 1,5 por cento do trimestre anterior. O CEO Vittorio Colao descreve, em declarações na Mobile World Live, esta melhoria como resultado “de melhores receitas na maioria dos grandes mercados” em que a empresa atua.

Colao acrescenta que esta recuperação deve-se a uma melhoria no mercado europeu, “na execução comercial tanto nos dispositivos móveis como nos fixos, nos últimos trimestres, combinada com a forte procura por data e por um cenário de preços mais estável”.

A perceção dos clientes em relação à marca deverá tornar-se cada vez mais positiva já que, de acordo com o CEO do grupo, a recente aquisição de cabo, por exemplo, e a expansão da cobertura 4G a 65 por cento do território europeu são fatores que levam à criação de uma melhor imagem junto do público.

Quanto a dados mais específicos, na Alemanha as receitas provenientes das vendas orgânicas desceram um por cento e no Reino Unido, aumentaram 0,9 por cento. Espanha foi um dos países em que se registou uma quebra maior chegando aos 8,9 por cento.

O maior aumento deverá ter acontecido na Índia com um crescimento de 15 por cento, chegando a cerca de 4 mil milhões de euros devido à expansão da rede de clientes e à difusão da tecnologia de data.