Vice-presidente da unidade de chips móveis da Intel demite-se

A executiva estava na liderança da unidade de chips móveis da Intel, Communications and Devices Group, há menos de um ano. Aicha Evans já entregou a carta de demissão, segundo avançou a Bloomberg no fim de semana, mas a Intel optou por não comentar a informação. A agência nota que Evans é uma das mulheres de raça negra mais seniores deste mercado, onde a representatividade feminina e diversidade racial são extremamente baixas.

Nascida no Senegal e educada em Paris, Evans esteve em representação da Intel no Mobile World Congress, no final de fevereiro, para detalhar a estratégia da empresa a caminho da próxima geração móvel, 5G. Foi promovida a líder da divisão de comunicação e aparelhos e para o comité de gestão da Intel, quando os responsáveis pela estratégia móvel, Hermann Eul e Mike Bell, saíram da empresa.

A decisão acontece numa altura em que circulam rumores de que a Apple e a Intel poderão assinar um acordo para os iPhones. Seria uma viragem total para a Intel, já que o enorme investimento que a fabricante de Santa Clara tem feito no mercado móvel até agora não deu resultados: a consultora Strategy Analytics estima que a Intel tenha agora 1% do mercado de processadores para smartphones.

O motivo para a decisão estará relacionado com recentes mudanças na hierarquia corporativa. Em novembro, Venkata “Murthy” Renduchintala deixou a rival Qualcomm para se juntar à Intel como presidente de vários negócios da empresa, incluindo chips para dispositivos móveis e computadores pessoais.

Evans entrou na empresa há dez anos, em 2006, como diretora de testes e integração de software. Passou por vários cargos, incluindo diretora geral da unidade Wireless Platform Research and Development Group, e trabalhou em Israel a supervisionar as linhas de engenharia e produção de Wi-Fi.

Licenciada em Engenharia Informática pela Universidade George Washington, em 1996, Evans passou 10 anos em várias posições de gestão na positions at Rockwell Semiconductors, Conexant e Skyworks, antes de se juntar à Intel.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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