Web Summit | Facebook apresenta as suas três principais preocupações

No segundo dia de Web Summit, Mike Schroepfer, diretor tecnológico do Facebook, referiu as principais preocupações da empresa para os próximos 10 anos.

Mike Schroepfer, era um dos nomes mais esperados no Web Summit. “Estão preparados para falar sobre o futuro?”, foi assim que começou a intervenção do CTO da  rede social Facebook. A sessão centrou-se nas três prioridades principais para a empresa: conectividade, inteligência artificial e realidade virtual. “São estes os maiores problemas que estamos a tentar resolver para o futuro”, referiu o responsável pela área tecnológica do Facebook.

No que diz respeito à conectividade Mike Schroepfer disse que “existem 1,4 mi milhões de pessoas no mundo sem acesso à internet e o que queremos é que elas se juntem a este debate.” O Facebook luta para levar internet e conectividades a todas as pessoas no mundo.

Foi com a intenção de conectar as zonas mais remotas onde não há grande ligação à rede que o Facebook quis lançar o seu último satélite. Contudo, o foguetão Falcon 9 da SpaceX que levava a bordo o satélite explodiu e isso foi referido pelo CTO do Facebook. O contra-tempo atrasou os processos de conectividade. No entanto, os projetos como o Open Compute Project ou o Telecom Infra Project não deixam que a luta do Facebook pela conectividade desfaleça.

Em relação à segunda preocupação, a inteligência artificial, o Facebook tem vindo a trabalhar nos últimos anos em projetos ligados a esta temática. Segundo o executivo, por dia são partilhadas no mundo dois milhões de fotografias através da rede social. Schroepfer referiu que este número demonstra uma “revolução na computação e nos computadores, que agora permite até a uma pessoa que não veja possa participar na partilha e consiga comunicar através do Facebook, graças ao poder da inteligência artificial.”

Para Mike Schroepfer, a inteligência artificial deve ser posta ao serviço das pessoas para que a possam “utilizar nos seus bolsos.” Nesse sentido, o CTO mostrou uma ferramenta semelhante à aplicação prisma que permite que os vídeos em direto recebam máscaras que transformam a imagem em diversos estilos artísticos à medida que se vai filmando.

No que diz respeito à realidade virtual, Schroepfer reforça que tem o poder de transportar as pessoas em pouco tempo para uma realidade totalmente diferente. Com esta tecnologia é possível que as pessoas se sintam como se estivessem no topo de um edifício quase a cair. Esta transportação permite também que no Brasil estejam a desenvolver uma forma de utilizar a realidade virtual para ajudar as pessoas com as partes inferiores do corpo a voltarem a andar.

Mas a grande questão coloca-se “como podemos trazer a realidade virtual para o mundo? Como podemos tornar esta tecnologia mais barata e disponível para todos?”, questiona Mike Schroepfer. É nesse sentido que o Facebook tem vindo a desenvolver os projetos Oculos rift, gearVR e Standalone. “É neste tipo de tecnologia que acreditamos que se pode trazer a realidade virtual às massas”, explicou. A capacidade de comunicar através da realidade virtual é uma aposta da empresa que todos os dias trabalha para melhorar e tornar acessível essa tecnologia às pessoas.