Xiaomi pronta para estrear-se no mercado indiano

A chinesa Xiaomi está a planear investir veementemente no setor indiano dos dispositivos móveis , tendo hoje começado por lançar o seu Mi3 e outros produtos naquele que é o terceiro maior mercado de smartphones do mundo, cujo incontestável imperador é, de momento, a Samsung.

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O vice-presidente internacional Hugo Barra, contudo, disse que seria ingénuo esperar lucros numa fase inicial das operações da Xiaomi na Índia.

O executivo, que antes pertencera à Google e que no ano passado se juntara à tecnológica chinesa, revelou que a empresa está a considerar desenvolver aplicações especificamente para o mercado indiano, planeando destacar ainda uma equipa para ajudar a Xiaomi a imiscuir-se na esfera dos dispositivos móveis nacional.

Ter sucesso na Índia, conduto, não deverá ser tarefa fácil, visto que tem que convencer os utilizadores a deixarem para trás aplicações e serviços aos quais estão já acostumados para passarem a dar primazia ao próprio sistema da Xiaomi, cujo sucesso na China foi em parte fomentado pela integração de um sistema operativo Android ímpar, concebido especialmente para os seus clientes.

De acordo com a Counterpoint Technology Market Research, a Índia continua a ser, no entanto, eclipsada pela China e pelos Estados Unidos em matéria de vendas de smartphones, esperando este ano conseguir chegar aos 90 milhões destes dispositivos vendidos no país.

A Xiaomi vai estrear os seus produtos na Índia através da Flipkart, empresa do comércio eletrónico indiano. É também considerada globalmente como a contraparente chinesa da Apple, tendo conseguido conquistar uma base de utilizadores semelhante à tecnológica de Tim Cook.

Barra disse que a Xiaomi vai manter-se focada nos novos mercados e planeia atacar em breve o mercado indonésio.

De acordo com a Canalys, a fabricante chinesa de smartphones, no primeiro trimestre deste ano, conseguiu subir até ao sexto lugar das maiores empresas vendedoras de telemóveis “inteligentes” de todo o mundo. Em 2013 avaliada em dez mil milhões de dólares, a Xiaomi espera este ano vender 60 milhões de smartphones.