Wiko aposta em componentes “premium” em gamas média e alta

Em 2013, a francesa Wiko, de origem francesa, resolveu expandir-se para o resto da Europa. E Portugal estava entre os seus destinos. Passado um ano e meio, a empresa já tem uma palavra a dizer no mercado nacional de telemóveis. Estão presentes no grande retalho, mas também nas pequenas lojas de rua. Manuel Ferreira, diretor-geral da Wiko Portugal, confirmou em Barcelona, no Mobile World Congress, que o mercado luso é muito recetivo à introdução de novas marcas desde que elas aportem valor.

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“Em um ano e meio construímos, do zero, uma posição consolidada no mercado português. Somos hoje a segunda marca mais vendida no mercado nacional de smartphones livres com 18% de quota”, disse este responsável à “B!T”

Aliás, o diretor-geral admite que os produtos Wiko não são exclusivamente para o mercado de consumo, sendo que o empresarial começa a ganhar cada vez mais relevância. “Hoje em dia já vendemos a empresas para os seus executivos e é muito interessante. O volume não é tão grande, obviamente, como o da grande distribuição, mas é muito relevante até pela divulgação que a marca ganha junto desses executivos”.

Manuel Ferreira diz mostrar-se de alguma forma surpreendido por esta recetividade, flexibilidade e proatividade quer das empresas quer dos utilizadores, o que torna a Wiko Portugal num caso de estudo dentro do sucesso mundial da marca francesa. “França tem uma excelente quota de mercado e é igualmente o número dois de vendas. Mas Portugal teve direito a um verdadeiro boom. É claro que temos um bom produto mas muito deste sucesso é fruto de Portugal se conseguir adaptar às mudanças de mercado. Aliás, antes o nosso teaser era ‘share your identity’ [partilha a tua identidade] e agora é game changer porque realmente acreditamos que viemos alterar as regras do jogo. Quando chegamos a Portugal, em 2013, alteramos o panorama da venda de equipamentos móveis. Na altura não havia qualquer marca credível que oferecesse as características e qualidade para os preços que estávamos a praticar”.

Mas como se cria notoriedade de marca? Manuel Ferreira diz que é… o boca-a-boca. “Podemos fazer investimentos de marca, ter telefones espetaculares e colocá-los à disposição, mas se o utilizador não estiver contente não há campanha de marketing que nos salve. O sucesso da Wiko é a recomendação do uso pelos seus utilizadores e, mais do que tudo, a recomendação de compra por parte dos próprios vendedores. “Eles é que sabem a qualidade do produto. Sabem o que vendem e se o cliente volta lá com o primo para comprar ou se volta lá cinco dias depois porque o telefone não funciona. E são essas pessoas que estão nas lojas que fazem a Wiko. Porque eles sabem que quem compra a Wiko está contente. O crescimento desta empresa tem apenas por base a confiança de quem vende e a experiência de uso de quem o utiliza.”

Novos equipamentos

A cadência de lançamentos de novos produtos é absolutamente arrebatadora e quase impossível de acompanhar quando falamos de smartphones. Os investimentos em investigação e desenvolvimento são tão arrojados e as novas tecnologias tão rápidas a irem para o mercado que a necessidade de adaptar os equipamentos é extraordinárias. “Poucos grandes fabricantes vão ter a capacidade de lutar neste campeonato”.

A estratégia da empresa é incorporar componentes “premium” nas gamas médias e altas para que os utilizadores tenham uma experiência de utilização superior.

Em Barcelona, a Wiko fez-se acompanhar de novos topos de gama que são agora as estrelas da companhia. Em primeira-mão a empresa mostrou os Highway Star 4G e Highway Pure 4G. A estes dois protagonistas juntaram-se outros equipamentos, como o Lenny 2, o Rainbow 2 e um equipamento desenhado especificamente para conseguir as melhores selfies. Estiveram também presentes no stand da empresa os dois últimos smartphones lançados recentemente no mercado pela Wiko: Ridge 4G e Ridge Fab 4G.

Sobre as novidades expostas, encontramos como estrela o novo Highway Star 4G, um smartphone com um processador Octa Core (de 8 núcleos) a 1,5GHz eum ecrã de 5” HD Full Lamination que possui a tecnologia Amoled e cristal Corning Gorilla Glass 3, além de um

sistema anti-dedadas. Este modelo com conexão 4G inclui uma segunda ranhura partilhada para cartão SIM ou Micro SD, e uma câmara frontal de 5 MP com flash (além da principal de 13 MP). O chassi é de alumínio o que acaba por oferecer um toque distinto ao seu design com apenas 6,6 mm de grossura.

O Highway Pure 4G foi apresentado como o dispositivo mais fino, de cima a baixo, até à data, já que a câmara está totalmente integrada no corpo do smartphone. Tem uma grossura de apenas 5,1 milímetros e pesa apenas 98 gramas. O design é totalmente plano, ultrafino e leve, e tem umas dimensões pensadas para que o manuseamento com apenas uma mão seja o mais cómodo possível. Possui um ecrã de 4,8” HD Amoled com tecnologia Corning Gorilla Glass 3 e um processador de quatro núcleos Snapdragon.

Entre os restantes equipamentos que foram vistos pela primeira vez no MWC, encontramos também os recém-chegados Ridge 4G e Ridge Fab 4G, que combinam características técnicas com uma eficaz funcionalidade e rendimento.

Por último, foram ainda apresentados três novos modelos que vão ser colocados à venda ainda este ano: Lenny 2, Rainbow 2 e um novíssimo smartphone concebido especialmente para capturar as melhores selfies.