A importância do Big Data na detecção de fraudes

A utilização do Big Data para análise de fraudes no Brasil é praticamente inexistente. Nenhuma empresa do setor financeiro, por exemplo, trabalha base Hadoop no país, e o principal motivo é a falta de informação sobre o tema. É necessário que as empresas saibam lidar com o enorme volume de dados gerados, pois é certo que eles irão aumentar cada vez mais.  Elas precisam olhar para o futuro e imaginar todos os dispositivos que estarão conectados por seus clientes. Calcula-se que até 2020, 30 bilhões de dispositivos estejam conectados, contra 10 bilhões em 2013. Quanto mais dados gerados, maior a possibilidade de se perder nessas informações e não identificar o que realmente interessa.

O próximo passo é agregar informações, identificar o perfil do cliente, utilizar as ferramentas necessárias e estar preparado para receber e analisar essas informações. A combinação ideal de várias fontes de dados e a melhoria da qualidade dos processos de análise dos mesmos são outros desafios para as companhias. É nesse contexto que a participação de um cientista de dados torna-se ainda mais essencial. Ele terá o conhecimento necessário para analisar os resultados gerados e trabalhar dentro da prevenção à fraude com análises aprofundadas.

Indústrias como de Varejo e E-commerce já conseguem realizar boas análises de seus dados. Mas o mercado financeiro ainda carece de conhecimento das ferramentas e técnicas que poderiam ser usadas em favor dos negócios e até mesmo dos clientes.

A utilização do Big Data para a prevenção de fraudes é uma tendência natural e indispensável. As tecnologias existentes hoje são suficientes para analisar os dados gerados atualmente, mas o futuro ainda é um ambiente desconhecido e é importante que as companhias conheçam os benefícios que essas tecnologias trarão para seus negócios para incentivarem a exploração dessas técnicas. É possível ter um olhar completo de todos os canais conectados pelos clientes que serão vistos de forma única, independente da conexão. Mais informações serão geradas para traçar o perfil do fraudador e tratar o cliente de maneira diferenciada. Novas informações serão agregadas ao processo de prevenção a fraudes e a velocidade na identificação dessas atividades será aumentada, gerando benefícios financeiros para ambos os lados. Mas, para que tudo isso aconteça, a infraestrutura de base de dados da empresa precisa suportar a base Hadoop, tendo um objetivo claro e específico e definindo um projeto que esteja alinhado à estratégia corporativa.

*escrito em português do Brasil

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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