Adesão das empresas à Internet das Coisas vai crescer 50% em 2016

Este estudo abrange 465 responsáveis de negócio e departamentos de informática de 18 segmentos diferentes na Europa, África e Médio Oriente (EMEA), Estados Unidos, América Latina e Ásia Pacífico. A conclusão mais importante é que a Internet das Coisas vai chegar à fase de adoção mainstream para muitas indústrias já este ano. Em 2017, 21% das organizações pretendem iniciar os seus projetos IoT.

A adesão varia muito conforme a indústria, indica a consultora. As utilities, petróleo, gás e manufatura estão a liderar a adoção, e as indústrias orientadas para os serviços estão a ficar para trás. No primeiro caso, 56% das empresas em indústrias “pesadas” deverão implementar soluções IoT até ao final do ano. No segundo caso, apenas 36% irão fazê-lo.

“2016 será um ano muito importante para a adesão à IoT”, diz Chet Geschickter, diretor de pesquisa da Gartner. “Estamos a começar a ver uma série de casos de utilização virtualmente em todas as indústrias.” O grande desafio agora é demonstrar que há um retorno do investimento. “Os executivos precisam de validar o contributo que a IoT pode ter para justificar implementações em grande escala.”

Quem diz “Não” à Internet das Coisas

No entanto, nota a Gartner, 38% das empresas não têm planos para implementar soluções de IoT, incluindo 9% que não vê qualquer relevância nestas tecnologias.

“Embora haja aceitação quase universal da importância da Internet das Coisas, menos de um terço das organizações inquiridas estavam a explorá-la de forma ativa”, realça Geschickter. Há dois motivos para tal: por um lado, os obstáculos relacionados com o negócio em si – muitas empresas ainda não têm uma imagem clara dos benefícios que a IoT pode trazer, ou ainda não desenvolveram ideias para a sua aplicação ao seu negócio.

Por outro, os obstáculos estão nas próprias organizações. “Muitos dos participantes no estudo têm  insuficientes competências e recursos humanos para a IoT, e falta de liderança clara”, refere Geschickter.

Até agora, o principal fator de implementação de projetos foi a melhoria interna de processos operacionais e eficiência, redução de custos e melhor utilização dos recursos. Mas um dos analistas da Gartner, Jim Tully, sublinha que o mercado vai sofrer uma mudança de rumo em torno das implantações com foco no cliente final.

Quanto aos desafios de quem já implementou, a cibersegurança, integração e gestão de requisitos são os mais importantes.

 

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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