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Agência britânica de inteligência ataca Anonymous

A agência de inteligência britânica GCHQ (Government Communications Headquarters) atingiu a Anonymous com uma técnica de ataque DoS (Denial of Service), segundo uma recente fuga de informação por Edward Snowden.

A investida visava indisponibilizar os sistemas da associação e, reportando a fontes do NBC News, foi levada a cabo pelo Grupo para Ameaças à Pesquisa de Inteligência, como parte de uma operação apelidada de Rolling Thunder. A informação disponibilizada diz que os agentes infiltraram e inviabilizaram chat rooms utilizadas pela Anonymous e por membros do grupo ativista hacker LulzSec.

Pensa-se que a GCHQ terá encerrado outras chat rooms alojadas no mesmo servidor das que eram alvo da agência, o que poderá ter resultado na interrupção das comunicações de outros utilizadores.

De acordo com os dados, a unidade da GCHQ auxiliou também na identificação de indivíduos que participaram na Operação Payback, que afetou serviços financeiros, incluindo a MasterCard e a Visa.

O hacker Jake Davis, o membro condenado da LulzSec conhecido como Topiary, foi supostamente contactado pelos agentes.

Num dos casos, um hacktivista chamado “p0ke” foi convencido por um agente infiltrado a clicar numa hiperligação para um artigo da BBC News, que consequentemente revelou o endereço de IP associado ao VPN por ele utilizado.

A agência declara que 80 por cento dos utilizadores de chat rooms IRC relutantemente regressaram à plataforma após um comunicado revelar que a DDoS (Negação de Serviços Generalizada) era ilegal.

“Todas as ações da GCHQ estão em concordância com normas legais severas e políticas de estruturação bem delineadas”, afirmou a agência britânica.

Mustafa Al-Bassam, membro condenado da LulzSec e atual estudante de ciência computacional na King´s College London, confessa que não está surpreendido com o ataque da agência. À TechWeekEurope, Al-Bassam diz que já suspeitava do envolvimento da GCHQ na detenção de uma multiplicidade de hackers, visto que as acusações não faziam referência ao meio através do qual a Polícia podia ter descoberto as identidades dos infratores.

No entanto é ainda incerto se a GCHQ de facto recorreu a ataques DDoS, o que implicaria a utilização de vários aparelhos em diversas localizações, ou se usou outra técnica de DoS.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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